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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Repórter caminhoneiro

E aí, beleza?

Esse post é para informar sobre a viagem que farei de caminhão pelo Brasil. Conforme vocês sabem, eu deveria ter pego a estrada ontem à noite. Acontece que o motorista da carreta teve que renovar a carteira de habilitação e não recebeu o documento a tempo. Estamos esperando a CNH. O mais provável é que saiamos na próxima terça, 03/12.

Isso é só para vocês terem idéia dos imprevistos que cercam a profissão de caminhoneiro. Aguardem mais informações sobre a viagem.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aldeia Guaraní, outra forma de se educar


          Karaí Popygua é estudante de pedagogia da UNIVALI no período da noite. Durante o dia ele é professor na comunidade indígena onde mora, a aldeia Yynn Moroti Wherá – que significa Reflexo da Água Cristalina – localizada às margens da BR-101,  no município de Biguaçu. Distante 20 kilômetros de Florianópolis a aldeia Guarani procura manter as tradições orais herdadas dos antepassados. Popygua descreve, entusiasmado, a base da religião de sua tribo e detalha os princípios religiosos que, segundo ele, é essencial para a educação dos Guaranis. O centro das atenções da comunidade indígena é a Casa de Reza, uma construção de aproximadamente 60 m² feita de barro e coberta de palhas, com apenas uma portinhola e sem janelas. Quando a porta é fechada uns parcos raios de luz entram no salão pelas brechas na parede da construção.

Drogas; cara ou corôa?

Participei deste programa para rádio.Ouçam  minha voz, porque, até aqui vocês só leram o que escrevo. O roteiro foi feito por mim com a colaboração de Alice Matos. A edição ficou aos cuidados de Gabriela Farias e Márcio Goebels. O tema é bem pertinente: drogas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Já viu poste mijar em cachorro?

E aí, beleza?

Vamos conversar sobre coisas comuns? Que tal, filosofia? Ui! Tudo bem, tudo bem, estou brincando. Deixa eu te fazer uma pergunta, aliás, você já deve ter percebido que adoro fazer perguntas, não é? Você já viu poste mijar em cachorro? É isso mesmo. Já viu? Alguma vez passou na rua e notou um poste bonito, alto, com uma lâmpada de xenom, levantando os fios e fazendo xixi  em um cachorro que caminhava na calçada? Nunca viu? Não diga! Eu já vi, várias vezes. Claro, o que eu mais tenho visto é essa cena. Os coitados dos cachorros estão desviando dos postes. Quando eles vêem um, baixam a cabeça, colocam o rabo entre as pernas e saem de fininho.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Presidente da FENAJ faz duras críticas ao STF

E aí, beleza?

Hoje eu etrevistei o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade. Combinamos a entrevista em um Café, no Centro de Florianópolis. Cheguei alguns minutos antes e ele já estava lá. Cabelo no estilo militar, calça jeans e camisa de gola pólo. Sempre sorridente, Sérgio Murillo só mudou o semblante quando falei sobre a decisão do Supremo  Tribunal Federal em desregulamentar a profissão de jornalismo, que ele chamou de leviana. O que levou o STF a tomar a decisão? Houve pressão por parte dos empresários? A decisão do STF beneficiou a democracia, como disse o presidente do Supremo? Leia a entrevista e saiba o que Sérgio Murillo pensa sobre a questão que já dura quase uma década.

domingo, 25 de outubro de 2009

Queres ser senador?

E aí, beleza?

Me diz uma coisa, você já ouviu falar no senador Osvaldo Sobrinho? O que! Nunca ouviu falar? Calma, calma, não sinta-se um alienado no quesito política. Esse cidadão nunca teve repercussão na mídia nacional, exceto no estado dele, o Mato Grosso. Agora, cá pra nós, sobre o deputado federal José Otávio Germano você escutou algum comentário, não é? Não!? Bem, esse é bem faladinho. Tudo que é jornal do Brasil já registrou alguma coisa acerca dele. Estás sentindo um mal-cheiro? Então deixa eu fazer mais uma pergunta, Yeda Crusius, você conhece? Ah, claro que você acompanha na televisão os problemas que cercam a governadora do Rio Grande do sul. Bem, agora você deve estar se perguntando, aonde Gilead Maurício quer chegar? Siga-me.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dois olhares

E aí, beleza?

Só para vocês terem uma idéia de como uma matéria jornalística pode ser manipuladora. Fotografias são recortes do que o jornalista quer mostrar, é apenas uma parte do todo. Esse recorte é fundamentado na forma como o repórter vê o fato, ou de como o veículo, no qual ele trabalha, quer que ele veja. Eu vou dar como exemplo as fotos que fiz sobre a Faculdade Estácio de Sá/SC, à época eu fazia uma disciplina de fotografia. Para "prejudicar" a Estácio Estácio, dei um tipo de enfoque. Quando quis "promover", mudei o objeto a ser fotografado. Isso é pura manipulação.  Dá uma olhada nas fotos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O puxa saco

E aí, beleza?

Conta-se de um cidadão que, de manhã, dava bom dia para o chefe e emendava: se espirrar, saúde. Pois então, é desse cara que eu vou falar. Sim, do puxa saco. Ô sujeitinho para se dar bem! Quem de nós, não conhece um?! Quem de nós não sofreu ou está sofrendo por causa de um traíra desses?

- Espera um pouco, Gilead, você vai falar do puxa saco ou do traíra?
- Aí é que está o xis da questão, porque puxa saco que se preza, adora uma trairagem.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cutrale e você, tudo a ver!

E aí, beleza?



          Você já ouviu falar na Cutrale? Cut, o que? Cutrale! Não conhece? Vou tentar dizer em poucas palavras: é a maior produtora de suco de laranja do mundo. Só isso, a maior. Sabe onde fica? Em Araraquara, São Paulo. Você pode estar se perguntando: e eu com isso? Dileto, você lembra da reportagem que a televisão brasileira mostrou sobre os "sem terras" destruindo centenas de pés de laranja? Quer saber o que você tem a ver com isso?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Jornalistas, uma categoria doente

 E aí, beleza?

          Você sabia que os jornalistas catarinenses estão adoecendo devido aos baixos salários, sobrecarga de trabalho e às pressões  que sofrem nos veículos de comunicação onde batalham pelo pão nosso  de cada dia? não sabia?  Então leia a entrevista que fiz com o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Rubens Lunge. Se você é jornalista, leia para ficar por dentro do sofrimento da classe. Se não é, leia para se inteirar sobre o trabalho de um jornalista.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Me empresta a chave do teu carro

E aí, beleza?

          Outro dia eu estava com minha mulher em um velório. Pois é, não é dos melhores programas que um casal possa fazer. E se eu disser que era noite? Ui! E se eu disser que estava chovendo muito? Ui, ui, ui! Pois é, pior foi o que aconteceu depois.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O tiê e o tico-tico

E aí, beleza?

          Se tem uma coisa que gosto de fazer é alimentar pássaros. Não, em gaiola não; em liberdade. Por isso fiz uma casa para eles, e nos finais de semana costumo colocar alimentos que atraem as mais diversas espécies. Tirivas, canarinhos, sabiás e saíras, só para citar alguns. Outro dia aconteceu um caso bem interessante, envolveu o galanteador tiê prêto e um vagabundo tico-tico.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia da criança

E aí, beleza?


          Dia 12 foi o dia da criança. Novidade! Você pensou, ao menos, na data? Ah, não tem filhos! Amigo, amiga, então está na hora de começar a pensar. E vou dizer porque: se o futuro da nação são as crianças, esse futuro se encontra nas tuas mãos. A graaaaaaaaaaaaaaande maioria dos pais, e mães, costuma dar presente para os filhos nesse dia. Sem perceber, ou percebendo, esses pais estão levando os filhos à lógica consumista, ao pensamento insano de comprar, comprar e comprar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Repórter caminhoneiro

Atenção, muita atenção:

No final desse mês, lá pelo dia 25, estarei fazendo uma viagem de aproximadamente quinze dias na boléia de um caminhão. Sairei de Santo Amaro da Imperatriz; após carregar o monstro em Fraiburgo irei levar  a carga de maçã até a CEASA de Belém/PA.

Não, não vou dirigindo o possante. A carreta é do meu amigo Aldo Petrí, morador de Santo Amaro e será conduzida por um dos motoristas dele, o Aristeu, conhecido como Teteu. Descarregados os três quilinhos da fruta na capital paraense teremos que conseguir outra carga para trazer, afinal de contas não podemos voltar com o pesadão batendo (vazio).


Argentina fora da copa?

Definitivamente o ser humano adora a desgraça alheia. Aproximando um pouco, o brasileiro adora a desgraça alheia. Vamos dar um zoom: nós, você e eu, ficamos regozijados com o fracasso dos outros. E não adianta arregalar os lindos olhos. Nem me mandar para aquele lugar, até porque, não irei.  Quer que eu desenhe?


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Policial Federal é subornado por dez reais

E aí, beleza?

Estive conversando com o caminhoneiro J.J, 39 anos, morador da Grande Florianópolis. Ele pediu para não ter o nome divuldado, depois explico o motivo. J estava puxando combustível de São Paulo para Florianópolis. Puxando é o termo usando pelos caminhoneiros para designar a ação de levar uma carga, seja ela qual for. Pois bem, estava "voando baixo", conforme confessou, quando passou pela curva da cigana. Um policial federal estava com o radar em punho. Cravando no bolso dos descuidados de plantão.


Coitado do J. Foi mandado parar.  A garbosa autoridade dirigiu-se ao caminhão. A essas alturas J sabia o que lhe esperava e tratou de pegar os documentos no console da jamanta.  O dele e o do monstro de rodas. Com uma empáfia própria de quem tem poder de prender ou soltar, de fazer sorrir ou chorar, o guarda deu uma olhadela nos documentos, viu que estava tudo em ordem e mandou que o pai de família o acompanhasse até a viatura. Digo, pai de família, porque J tem dois filhos para criar. Os nomes? Fala sério, Valério.

Encostado na guarnição o representante da lei avisa que, por estar em alta velocidade, J não poderá conduzir o caminhão, que a situação é difícil. Nessa hora entra em cena o mais brasileiro de todos os motoristas: o  corruptor.

- Não tem outro jeito, seu guarda?
- Quanto você tem?
- Cinquenta reais. Quarenta para o pedágio e dez para o almoço.
- Vais ficar com fome.

Ainda preciso explicar o motivo de não divulgar o nome de J?

Eguinha pocotó


E aí, beleza?


Ontem eu escutei um canção de Mark Davis. Não venha me dizer que não conhece a celebridade!? O cara é famoso pra caramba, é ator, compositor, cantor e apresentador, não necessariamente nessa ordem. Vou dar uma dica: O primeiro nome dele é Fábio, o segundo, Júnior. Fábio Júnior, amizade! Eu escutei uma música de Fábio Júnior, na voz de Mark Davis. Ou foi uma canção de Mark Davis na voz de Fábio Júnior? Ah, dá no mesmo.

Explico: é que nos anos de 1970 os "cara" usavam pseudônimos para "americanizar" a música brasileira. Na verdade o nome do cidadão é Fábio Galvão. O que, fazer sucesso na provícia do Brasil, com o nome xumbrega de Fábio? Fala sério, Valério! E olha que aquela geração se achava o galo cego do pedaço. Só gente culta e politizada. Mas, só aceitava música na língua de Margaret Thatcher. Claro que havia excessões. Quanta discriminação ao idioma do indianista Gonçalves Dias.

Ainda bem que as coisas mudaram, ou pelo menos, o Brasil mudou. Agora você pode fazer sucesso com uma música de nome "eguinha pocotó". Volta Mark Davis, volta.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Florianópolis já tem pena de morte

E aí, beleza?

Direto e reto:
- Você sabia que tem pena de morte em Florianópolis?
- Tá brincando?
- Não; é verdade.
- Mas, no Brasil não há esse tipo de pena!
- Você está querendo dizer que Floripa não é Brasil?

Meu caro, não vou dizer, minha cara, porque pode soar mal. A toda poderosa Polícia Militar de Florianópolis, em ação conjunta com a Guarda Municipal, estava fazendo blitz quando, de repente, um motoqueiro não quis parar. Chumbo nele.

- Assim sem mais nem menos?
- Assim sem mais nem menos. Não parou na blitz, tem que morrer.

Vejam só: enquanto os países mais civilizados do mundo, e os não civilizados também - falei assim mas acho de um mal gosto tremendo esse lance de chamar um país de civilizado - debatem sobre pena de morte, a PM de Santa Catarina parece já ter tomado sua decisão. Sem consulta popular, sem ouvir os entendidos no assunto, até porque meu cachorro não foi ouvido. Não; eu não estou de palhaçada. Sou eu quem decide se alguém deve ou não morrer? Sou eu quem puxa o gatilho sem saber se o motoqueiro é ou não é um bandido?

Fica mais do que notório que a magnosférica e santíssima Polícia militar aplica a pena de morte. Engraçado que no caso "Moeda Verde" ninguém morreu. Estão todos viverrérrimos. Acho que os tais artistas merecem o neologismo. Mas o motoqueiro, que não tem um pão pra dar a um doido, esse é executado corvademente. Sem direito a defesa. Se a família achar ruim, busque os direitos. Nesse caso, não haverá um ex-ministro da justiça para defender o coitado.

E o pobre volte ao pó, como era. E o rico permaneça vivo, viverrérrimo

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O único homem do presidente

E aí, beleza?
Estava lembrando do dia em que Barack Obama disse que Lula era "o cara".  Tá lembrando? Na época fiz um cordel, agora resolvi postar. Bon appétit


O fato aconteceu em Londres, no encontro do G-20
Onde os donos do mundo debatiam o dia seguinte.
O momento era de crise, a pindaíba era geral
Foi quando “Yes we can” veio com essa, uma sacada genial.

Apertou a mão de Lula e com um sorriso gentil
Falou olhando nos olhos do presidente do Brasil:
- Lula, você é o cara, de nós é o mais popular,
Te adoro, boa pinta. Isso, sim, é elogiar.

O barbudinho sem graça, não sabia o que dizer
Chamou logo o tradutor pra lhe fazer entender:
- Sérgio Ferreira, meu filho, me dê aqui um bizu,
Esse Obama tá dizendo: Lula, I Love you!

O yanke foi esperto, mais surpresa ainda tinha
Deu o lugar para Lula, na foto, ao lado da rainha.
No tempo das vacas gordas, pensava: a fartura é minha.
Hoje, a conta pra pagar quer dividir com Lulinha.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Profissão nota 10

E aí, beleza?

          Olha, tem uma coisa que eu não consigo entender: como identificar o grau de credibilidade de uma classe profissional. Já percebeu as listas que aparecem, de tempos em tempos, nas revistas, jornais e televisões? É um alarde geral. O profissional mais desacreditado do Brasil é o blábláblá; o mais sério é o blébléblé.

          Conversei com muitos amigos meus, com amigas também, perguntando a opinião deles sobre o que consideram ser o profissional mais sério, honesto e ético do país sede da copa de 2014. Juro que fiquei frustrado. Acho que terei que fazer terapia nos próximos três minutos da minha vida. Três minutos, sim, afinal de contas não foi uma frustraçãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao.


          -E os médicos?
          -Tá louco? Os caras cobram até pra dar bom dia. Me disse um.
          -E os advogado? Brincadeira, só pensam em dinheiro; se o bandido paga eles defendem. reclamou outro.
          -E os... Desisto.

          Calma, calma, não priemos cânicos. Existe uma luz no fim do túnel, e não é um trem. Descobri a profissião mais ilibada, imaculada e pura das terras tupiniquins. Quem, quando, onde? O árbitro de futebol; após uma partida do campeonato brasileiro; nos debates esportivos.

          Vou explicar: durante o jogo o sem vergonha do apitador soprou o instrumento de trabalho, claramente, em prol de uma equipe. A coisa foi vergonhosa. Só via falta para um lado. Uma  obscenidade total com o outro time, com a torcida e com meu cachorro que estava em frente a televisão. Mentira, eu não tenho cachorro. Mas já tive e exijo respeito com a memória do canino.

          - E aí, meu chapa, você não disse que o árbitro é o profissional por excelência? Não estás te contradizendo?
          - Pois é aí que entra o contraponto! Falei bonito, hem?

          Amigão, quando eu fui assistir ao Troca de Passes, programa do Sportv, todos denunciaram o "erro" do cidadão, mas não questionaram a atitude do magistrado. Ôpa, desculpe o magistrado. Disseram que um árbitro não ia entrar em campo pra prejudicar ninguém, que foi um vacilo. Fiquei indignado, mudei para a ESPN. A conversa era a mesma: "jamais um árbitro vai entrar em campo determinado a prejudicar um clube".

          Aí eu percebí um clarão sobre minha cabeça. O que era? Uma descoberta fantástica! Eu tinha encontrado o profissional com maior credibilidade do país. Por mais que os sinais de safadeza fossem gritantes, nenhum jornalista ousou desconfiar do sacripanta. Por mais que a gente saiba das falcatruas que existem nos bastidores do futebol, a honestidade do árbitro não foi questionada.

          Os homens do apito não são postos em dúvida, não dão entrevistas para elucidar seus sibilos, muitas vezes indecifráveis. E a imprensa, em geral, entende que o que acontece são meros "desacertos". Eu acho que vou enviar uma correspondência para o vaticano dizendo: o próximo Papa precisa ter sido, em algum momento da vida, árbitro de futebol.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Chuvas X Código Ambiental



          E aí, beleza?

Raciocine comigo: Santa Catarina criou um código ambiental próprio, isso foi em abril desse ano. Eu sei, a maioria nem lembra mais disso. Acontece que o novo código atropelou a legislação federal.

          - Como assim, atropelou?
          - É que o código catarinense reduziu a mata ciliar de 30 para 5 metros.
          - E o que é essa tal de mata ciliar?  É a mata que cresce às margens dos rios, riachos e nascentes. É chamada de ciliar porque funciona como os nossos cílios protejendo os olhos.  Essa mata proteje o bem mais valioso do planeta: a água. Sem a mata as águas da chuva correm diretas para o leito do rio, provocando inundações.

          À epoca o bafafá foi geral. Ecologistas bufaram, agricultores brindaram, e o povo, sempre o povo, ficou assistindo a tudo passivamente. Calma aí. Devagar com o andor.

          - Santa catarina não voltou a sofrer com as fortes chuvas ?
          - Por isso convidei para raciocinar!
          - Entendí, agora o Governo Estadual fica pedindo grana ao Federal...

          Façamos um exercício de memoria: lembra quando as televisoes mostravam o governador Luiz Henrique da Silveira sobrevoando as áreas atingidas pelas enchentes? Como ele dizia, em tom apocaliptico: “os morros estão derretendo, os morros estão derretendo"!

          - Já esqueceu senhor governador?
          - E os senhores deputados? 

          Que coisa linda, os governantes catarinenses, pelo jeito, não tiveram nenhum prejuízo com as enchentes do final do ano passado. Cá pra nós, acho que sairam no lucro. Esses transtornos acabam se convertendo em rios de verbas a serem administradas, quase que sem fiscalização. Eu lembro que o ministro carlos mink ficou uma fera, disse que o código catarinense não pode passar por cima de uma lei federal. O governador achou ruim e comparou Mink a um ministro de regime autoritário. Ora, seu luiz, desde quando manter a lei é autoritarismo? Ou, por acaso, podemos fazer uma rave na Casa d’agronômica?!

          E não adienta dizer que esse novo código vai beneficiar o pequeno proprietário. Não; desde quando os políticos legislam a favor dos menos favorecidos? Não são 5 nem 50 metros de terra, que manterá o homem no campo. Somente uma política agrícola séria pode resolver essa questão. Mas, se não tem jeito, proponho que o governo compre barcos para a populaçao. Em cada casa um barco. Assim niguem será pego de surpresa quando as águas subirem. Já pensaram nas manchetes dos jornais: "governo de santa catarina aproveita inundação e promove a regata dos desabrigados".

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O lado sujo do futebol


          Acabei de ler o email enviado por um amigo. O título me atiçou o nariz: "O lado sujo do futebol". Com o olfato fervilhando resolví abrir o maledeto. Juro que imaginava o conteúdo da mensagem. Dito e feito. Eram cenas de jogadores covardes dando pontapés nos adversários - ou, inimigos, como muitos jornalistas esportivos preferem chamar- que tentavam uma jogadinha mais ou menos.

          - Isso é muito feio!
          - Desculpe, mamãe, prometo que não faço mais.
          - Então, está bem; mas vai ficar uma semana sem assistir Bob Esponja.

          Gente, esse lance de chamar a truculência no futebol de Lado sujo, é coisa pra criança com menos de sete anos de idade. Pancadaria é coisa para bandido, gente mal-educada,  péssimo profissional e cogêneris.

          Sujo, no futebol, é o que acontece fora dos campos, nos escritórios dos donos do esporte. As trapaças que levam um time ao título e que empurram outro para a lama. Nojento é a compra de árbitros evidenciadas pelo comportamento desonesto na hora de soprar o apito. Pútrido é o comportamento dos dirigentes que amealham para si quantias vultosas, enquanto a torcida sofre vendo o clube do coração agonizando em dívidas.

          Sujo, meus caros, não é uma canela quebrada. Sujo, meus senhores é uma ética esfacelada por tramoias maiores que o Maracanã. Sujo, minhas amigas, é ver narradores e comentaristas de futebol brigando com as imagens para defender o time que torcem

           Portanto, quando vossa senhoria resolver assistir uma partida do esporte que consagrou Pelé, tenha muito cuidado. A podridão invadirá teu santo lar antes mesmo do primeiro clic no controle remoto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016


          Gente, eu não podia deixar de comentar. O Comitê Olímpico internacional decidiu: Os jogos olímpicos de 2016 serão no Brasil. No Brasil? Sim, no Brasil. Não seria, Rio de Janeiro? Não, Brasil. Essa vitória não é dos cariocas; é de toda nação brasileira. "Nunca antes, na história desse país" se acreditou tanto que isso poderia tornar-se realidade. Quando o Brasil participava de uma disputa desse teor - essa é a quarta vez -, era sempre lembrando a máxima olímpica: o importante é competir. Era uma participação, nada mais.

          Esse resultado mostra, e não falo isso por paixão, que o mundo está mudando. Nós temos reconhecimento global. O gigante acordou. Nossa economia superou a maior crise econômica desde 1929, quase sem arranhões. É claro que ainda temos nossos cancros: sarney, gilmar mendes - os nomes estão com letras minúsculas por faltar letras menores -  agaciel, e outras ziquiziras. Mesmo assim, chegamos lá. Lula desbancou Obama. Claro, os dois estavam lá. Lulinha de um lado, We can do outro: deu o barbudo. Ou você acha que não foi uma vitória política?


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Estacionar a moto no Centro de Floripa? Tás tolo!


          A noite de sono se encerra com o som de um celular despertando. São 6h30min. O homem de 45 anos acorda e, quase que automaticamente, procura a pia do banheiro para lavar o rosto. É preciso correr para o trabalho, não sem antes acordar o filho de 11 anos que mora com ele. Feito isso, uma caminhada de quinze minutos separa a casa 102 na Rua 25 de março, Costeira do Pirajubaé, onde mora, do local de trabalho de Edemilsom Lázaro Borges, 45 anos. O cruzamento entre as ruas Victor Meirelles e Saldanha Marinho, no centro, é o escritório desse paranaense de Curitiba que mora há vinte e oito anos em Florianópolis. Um café quente no quiosque ao lado e o corre-corre tem início.