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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Santas manicures

          Mudo meu nome, mas não digo quem foi. O fato é que o que vou contar, tenha certeza, amizade, aconteceu. E não foi na China, nem na Islândia e nem na Papua Nova Guiné. Foi em Florianópolis. Sob o manto protetor da Europa Brasileira. E não pense, advirto, que se trata de uma moradora do bairro mais desprestigiado desta capital. Necas de pitibiriba – isto é, negativo. Nem cogite a descabida ideia de imaginar que a pessoa a quem me refiro seja alguém vinda do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro ou da Bahia. Para com isso. A dita cuja é nascida, criada e educada debaixo das bênçãos da ponte Hercílio Luz. Uma amiga minha soprou no meu escutador de forró, que a mal-afamada frequenta a alta sociedade catarinense. E agora?



          A verdade é que se trata de uma frequentadora de salão de beleza. Sabe aquela cliente que as profissionais da beleza feminina rejeitam? Você pode achar que as tais profissionais não desprezam nenhuma cliente. Tudo bem, desprezar não desprezam, mas que evitam atender, ah, isso evitam, sim. Também não vou dizer o nome do salão. Seria muita deselegância minha. Prometi para minha informante que pouparia o estabelecimento comercial. Sabe como é, não é?, hoje em dia tudo é motivo para se processar uma pessoa. E se eu revelar o nome do salão, a dita cuja vai saber que estou falando dela. Até porque ela é a única, entre as clientes do local, que tem chulé.

          Pois é, contei. A mulher é a maior chulepenta da comunidade. E, nesse caso, chulepenta bem que podia significar penta campeã de chulé. Segundo uma manicure do lugar, a fedida quando chega provoca um reboliço no salão. É um corre-corre de mulher dizendo que já está ocupada, um tal de jurar que está esperando outra cliente e até uma mentira descabida, do tipo “tô com uma baita dor de cabeça”. Tudo isso para não ter que colocar as mãos no pé nojento da porcalhona. Eu dei uma receita para as moças: uma bacia com creolina, outra com soda cáustica e outra com sal e vinagre. Nada mais, nada menos.

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