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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

De D. Pedro I a Rodrigo Floriani

     Em 1882, quando D. Pedro gritou - supostamente, claro - "independência ou morte!", ele não estava montado em um cavalo digno de exposição. Pedro Américo até pintou um pomposo quadro mostrando o imperador a bordo de um exaltado alasão. Bobagem. Pedoca, como diria um nordestino mais íntimo do português filho de D. João, pilotava uma mula baia. Segundo o escritor Laurentino Gomes, "era esta a forma correta de subir a serra do Mar naquela época de caminhos íngremes, enlameados e esburacados".  Rodrigo Floriani tem 25 anos e é criador de mulas no município de Lages, na serra catarinense, e explica porque a mula era o animal ideal: "Ela tem os casco mais encastelados do que o cavalo, aguenta muito mais peso e vive 25 anos tranquilo". Encastelado é um casco mais pontudo, que não sofre tanto impacto quanto o do cavalo. O casco da mula, por isso, firma melhor. 
     Hoje em dia, pouca gente cria mula no Brasil. Na região serrana de Santa Catarina, esse número não passa de dois. Rodrigo é um deles. Ele cria e doma os animais para serem usados, principalmente, no lazer. "O preço de uma mula varia de R$ 2.000 a R$ 15.000", observa. 

Abaixo, fotos de uma tropa que está sendo adestrada:
Rodrigo pondo as mulas em forma

Serrano segurando a mula madrinha - aquela que guia a tropa

Depois da lida, o mate

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