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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Gato gordo quer as coisas como estão

          Era uma vez uma grande casa. E nessa casa moravam muitos, mas muitos, ratos. Os roedores faziam festas todo dia. Poderíamos chamar o local de “paraíso dos ratos”. Como diria um apresentador de programa televisivo: “Uma coisa de louco”. Até que um belo dia o dono da casa trouxe um gato para habitar a residência. Mas um gatão daqueles criado com vó. Aí você já viu, não é? Gato e rato é como água e óleo. É como Espiridião Amim e Jorge Bornhausen. É Dilma e Serra. Nao; Dilma e Serra não. Esses dois calçam o mesmo sapato. O fato é que os bichanos odeiam os pequenos mamíferos comedores de queijo. E foi um tal de sumir rato, que meu Deus do céu. Todo dia desaparecia pelo menos um. A casa lembrava os velhos tempos da Ditadura Militar brasileira. Os coitados sumiam sem deixar vestígios. Mas os que sobreviviam sabiam quem era o autor dos crimes – exatamente como na página triste da nossa república.

          Os ratos resolveram fazer uma assembleia. Hora e local marcado. O porão ficou cheinho, cheinho. Cada qual que desse a ideia melhor para resolver o baita problema. Até que um deles apresentou a melhor de todas.
- Senhoras e senhores, basta que coloquemos um chocalho no pescoço do gato. Aí, toda vez que ele se aproximar fará um barulho danado e dará tempo para a gente fugir.

          Gente do céu, foi um alvoroço total. Os ratinhos davam vivas ao rato gênio. A euforia tomou conta do salão. Finalmente eles se veriam livre do verdugo. O que era uma reunião tounou-se em comício com direito a música, santinho e outras palhaçadas. Foi aí que um rato, daqueles que mal abre a boca, pediu a palavra. Fez-se silêncio. E quando todos esperavam um discurso ele limitou-se a uma pergunta:
- Quem colocará o chocalho no pescoço do gato?

          Nem um som. Os presentes foram saido um a um. Dos ratos o que sobrou foi essa história. Venhamos e convenhamos, paisano, em época de eleição devemos ter cuidado com os candidatos de promessas efusivas. Se queremos um Brasil melhor, temos que ter um plano de combate a corrupção. Quem, eu pergunto, quem apresentou um plano de combate a corrupção? Dizer que vai combater a corrupção é fácil. Quero ver quem apresentou uma estratégia de botar o chocalho no pescoço do gato. E olha que gato gordo é o que não falta no país descoberto por Pedro Álvares Carbral. Um gato gordo: o judiciário. Outro gato obeso: o Congresso Nacional. É, simpatia, será que restará a nossa história?

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