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sábado, 3 de setembro de 2011

O quarto poder


Cento e vinte e dois anos de República,
Em novembro o Brasil vai celebrar.
O governo do povo, pelo povo e para o povo,
Na verdade foi um golpe militar.

Como narrou Aristides,
Então cronista do Diário Popular,
O povo assistiu bestializado, atônito e surpreso
O império naufragar.

Trouxe Deodoro a República
Embora ele mesmo se dissesse monarquista.
Menos de um ano depois, o Marechal foi descartado
E Floriano Peixoto se tornou o maquinista.

Princesa Isabel, Conde D’Eu e Pedro Segundo
Foram chutados daqui.
Três poderes logo surgiram
Deixando espaço para um quarto que viria em seguir.

Engana-se quem pensa ser  
A imprensa a quarta força.
Isso foi no tempo de Chatô
No tempo de noiva moça.

Vinte e um advogados
comandaram a nação,
Nesses cento e vinte e dois anos
Passados da proclamação.

Fica claríssimo pra mim
Só não sei se pra você.
O quarto poder, no Brasil
Quem ocupa é a OAB.


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