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sábado, 25 de dezembro de 2010

Fora, filho de Deus

Hoje é Natal. E com a data, vieram os presentes. Comércio em alta. O povo nas ruas. Mas acima de tudo, felicidade. Eu, por exemplo, ganhei um binóculo potentíssimo, um vinho do Porto e um violão de 12 cordas. Saí no lucro. Por mim, podemos comemorar a festa de Noel de dois em dois meses. Meu sobrinho Tiago foi quem trouxe o instrumento musical. “Achei que combinava com o sítio e comprei para o senhor”, disse-me. Ganhei, certamente, uns quilinhos a mais, depois da comilança que a festa pede. As comemorações pelo aniversário do bom velhinho estão a cada ano mais animadas. Salve o dia 25 de dezembro. O abençoado dia em que na Groelândia, na Polônia ou em outra geladeira qualquer, nasceu Papai Noel.


É bem verdade que alguns religiosos tentaram, mas não conseguiram, colocar o menino Jesus no meio dessa parada. O tempo mostrou que a data era, de fato, do colorado barbudo. Cristo é, sabidamente, carta fora do baralho. Também não tinha como ser diferente. Aquele discurso que o Jovem Galileu apregoou, de fé, amor e simplicidade, não tem nada a ver com o espírito natalino. Ora, ora, o Natal exige dinheiro, dívida e diversão. Jantares com mesas fartas, bebidas e, mais tarde, uma balada. Se der, depois um motelzinho. Fora, filho de Deus, na festa de Noel você não tem lugar.

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