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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Preconceito, não aceite

Para quem acha que o preconceito é coisa bacana, eis um belíssimo exemplo do que ele pode fazer com um ser humano.

"Os escravos foram alçados ao mesmo nível dos cristãos, o que é contrário aos desígnios divinos e à ordem da natureza, que dividiu as raças de acordo com a cor da pele. Para qualquer cristão honesto, aquilo equivalia a ser posto de joelhos e ter os braços presos por correntes". Sabe quem escreveu a frase acima? Anna Steenkamp. Em que ano? 1838.

"Num determinado momento, surgiu na tela um homem branco que se aproximou de um negro e estendeu-lhe a mão. O filme estava sendo exibido na Universidade Orange, exclusiva para estudantes brancos. Entre vaias e gritos de protestos, todos os estudantes se levantaram e saíram da sala. A projeção foi interrompida. Será que a nossa censura não poderia ser mais atenta, evitando que cenas tão infames fossem exibidas em telas de cinemas?". Sabe quem escreveu essa besteira? Um leitor do  jornal Die Burger.

"Primeiro, deitaram-me numa maca de aço, ligaram a corrente elétrica e eu comecei a me contorcer em convulsões. Atiraram água gelada em mim, para que eu recuperasse a consciência. Depois, dois policiais penduraram-me no teto, de cabeça para baixo, e dois outros se puseram a chutar a minha cabeça, como se ela fosse uma bola. Não sei o que se passou em seguida". De quem é esse depoimento? De Sikave Mashiklehele, no processo de trinta africanos em Krosdorpo.

Um comentário:

  1. É, amigo.

    Essa coisa infame chamada preconceito, ainda existe.
    Talvez não pendurem mais as pessoas no teto, nem chutem sua cabeça. Os preconceituosos estão mais "civilizados". Exercem sua nefasta presena através da exclusão social, da xenofobia, de palavras e atos. O que não deixa de ser igualmente nojento e infame.

    Grande abraço.

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