Utilização do conteúdo

Autorizo o uso do material aqui produzido, desde que seja dado crédito ao autor e não tenha uso comercial

terça-feira, 5 de abril de 2011

Arnaldo Jabor, irônico ou cínico?

     Fiquei tempos com Pornopolítica esticado na minha estante. Confesso que comprei o livro por impulso. Não gostei do título. Muito menos da capa. E um livro, meu chapa, não basta ser bom. Tem que seduzir, ter uma boa aparência e ser novo. Se não for assim, dificilmente compro. Cada vez que olhava aquela frente retratando Vênus, Sátiro e Cupido, desistia da leitura. Até que, nesse fim de semana, estava no sítio e terminei de ler uma aventura de um motociclista que saiu de São Paulo e foi até o Alasca. Ao concluir, busquei alguma coisa recém-comprada e não encontrei nadica de nadica. Restou-me a risada medonha de Sátiro.

     Mal comecei a ler, ainda na página dezessete, Arnaldo Jabor desafinou: “Vejam os bilhões de imbecis com o rabo para cima rezando todo dia para um ser que não existe”. Senti-me traído por mim mesmo. E essa, paisano, é a pior de todas as traições. É quando teu ser interior rompe com tuas ideias e te leva a cometer insensatez que jamais concordarias que fosse feita. Bem que eu não queria comprar, bem que eu não queria ler. A declaração do cineasta retratou, como se tivesse sido cunhada com essa intenção, a capa da obra. Arnaldo Jabor, meu filho, pede pra sair. É porque eu não sou, mas se eu fosse mulçumano gritaria: “Imbecil é você, Jabor. O que um burguesinho carioca como você sabe sobre o mundo islâmico? Um babaca que pegou carona em Nelson Rodrigues – é isso que você é - deveria escovar os dentes antes de falar de religiosidade. Um ateu desgraçado como você, Jabor, que adora ironizar, mas não sabe a diferença entre ironia e cinismo, deveria ler um, pelo menos um, livro sobre os mulçumanos”. Não sou mulçumano, por isso continuei o livro. Porém...

     “São recrutinhas fracos, com capacetes frouxos e cara de nordestinos analfabetos”. Espera aí, Jabor, agora você se passou. E só não te mando à PQP porque sou um cara educado. Fosse eu um desbocado diria: “Vai à &^%^)(&@, seu %$#@*&”. Só não toquei fogo naquela porcaria porque quero ter a prova do quão abjeto, infecto e purulento pode ser um homem que se acha inteligente. Dá uma de Doca Street, Jabor, e escreve um Mea Culpa. ah, não toquei fogo, também, porque sei que escrever um livro, por pior que ele seja, dá trabalho. E esse empenho não pode ser desprezado. Nem por mim, nem por mais ninguém.

2 comentários:

  1. Que imbecil preconceituoso! E ainda se acha O TAL!
    Morre Jabor!

    ResponderExcluir
  2. Esse cara é um frustrado, amigo.

    Já li outras crônicas preconceituosas dele.

    ResponderExcluir