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terça-feira, 12 de abril de 2011

Novos políticos, velhas práticas

     As Câmaras de vereadores das cidades catarinenses não estão para brincadeira. E, ressalte-se, o fenômeno ocorre em todo o país. Os caras estão aumentando, e muito, o número de políticos nas cooperativas. O que?, cooperativas?, como assim? Você pode estar perguntando. Paisano, o que achas que é uma Câmara de vereadores? Vamos combinar: com a quantidade de órgãos da administração pública – que não é pouco – o número de políticos “representando” o povo é um exagero. Bastava três ou quatro, desde que comprometidos. Ao invés disso, montaram verdadeiras cooperativas que atendem, antes de qualquer outra coisa, o interesse particular deles.Mas essa mamata não é coisa nova, não. Começou quando a corte portuguesa veio para cá fugindo das tropas de Napoleão.


     Junto com a família real, entre 10.000 e 15.000 portugueses atravessaram o Atlântico. Quer um dado para fazer a comparação? Quando a sede do governo dos Estados Unidos foi mudada da Filadélfia para Washington, em 1800, apenas 1.000 funcionários transferiram-se para lá. Quando o cônsul inglês James Henderson visitou nossa terrinha e viu aquela festa com o erário, ficou espantado e escreveu: “Poucas cortes européias tem tantas pessoas ligadas a ela quanto a brasileira, incluindo fidalgos, eclesiásticos e oficiais”. A bagunça era tanta que um padre recebia o equivalente a R$ 14.000 só para confessar a rainha. Ou seja, a politicalha é uma teta antiga e cheia.

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