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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Vem veranear em Floripa, vem


     “Tá chegando o verão, muito amor no coração”, diz o poeta. De barriga vazia, meu chapa, não tem amor que resista. E é bom que fique esperto quem pretende curtir os 30 dias de calor em Floripa. Almoçar, por aqui, simpatia, não é brinquedo não. Só para que vossa santidade tenha uma ideia: Ontem, domingo ensolarado, temperatura chegando aos 28º, resolvo ir almoçar em Santo Antônio de Lisboa. O recanto açoriano da ilha é uma conhecida via gastronômica.  Chego lá por volta das 13h. Simplesmente não tem onde estacionar. Vou seguindo, seguindo, até o Sambaqui. Nada. Nem uma mísera vaga. A paisagem encantadora desvia a atenção do estômago. Faço todo o percurso de volta e necas trepas de pitibiriba. Vez por outra, paro na frente de um restaurante e olhava para dentro: gente saindo pelo ladrão. As filas de carros estacionados na rua me disseram: “imagine como vai ser andar aqui em janeiro”. Deixei o peixe para outro dia e rumei para o Pântano do Sul, no oposto de onde eu estava.

     Por volta das 14h30, parei o cavalo na beira da praia do Pântano. Quando chega a bóia, o garçom fez a tradicional pergunta: “bebe alguma coisa?”. Refrigerante quente, meu chapa, ninguém merece. E ele tenta concertar: “o senhor quer gelo?”. Quase que pergunto se ele costuma oferecer gelo para a gambazada colocar na cerveja. É que as geladeiras só aceitam cerveja, de certo. É como se o cliente não tivesse direito a um simples refri gelado. Acho que é a ditadura da cerveja. Reclamei, claro. O gerente, ou era o dono, sei lá, ficou de cara amarrada. Mais uma vez, a vista compensava. Na volta, mais engarrafamento. A televisão avisava: “em Salvador, Vasco da Gama 1, Bahia 0”. Pelo menos uma boa notícia naquela fila nojenta. E ainda estamos em outubro. Imagine o que te espera na alta temporada, jacaré. Natal, cidade do sol, dia 4 de janeiro estarei aí. Quando esse furdunço acabar eu volto.

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