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domingo, 25 de outubro de 2009

Queres ser senador?

E aí, beleza?

Me diz uma coisa, você já ouviu falar no senador Osvaldo Sobrinho? O que! Nunca ouviu falar? Calma, calma, não sinta-se um alienado no quesito política. Esse cidadão nunca teve repercussão na mídia nacional, exceto no estado dele, o Mato Grosso. Agora, cá pra nós, sobre o deputado federal José Otávio Germano você escutou algum comentário, não é? Não!? Bem, esse é bem faladinho. Tudo que é jornal do Brasil já registrou alguma coisa acerca dele. Estás sentindo um mal-cheiro? Então deixa eu fazer mais uma pergunta, Yeda Crusius, você conhece? Ah, claro que você acompanha na televisão os problemas que cercam a governadora do Rio Grande do sul. Bem, agora você deve estar se perguntando, aonde Gilead Maurício quer chegar? Siga-me.


Opa, vejo que voê está interessado em desvendar o mistério que envolve os três personagens citados por mim. É o seguinte: a governadora gaúcha está atolada até o pescoço no pântano de corrupção chamado Detran. O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul diz que José Germano (PP-RS) foi o articulador da fraude que lesou o Detran em míseros R$ 44 milhões. Os procuradores acusam o "nobre deputado" de ter feito um acordo com Yeda Crusius para continuar a fraude que já se arrastava desde 2003. Ele arrecadaria recursos de empresários para a campanha de Yeda, desde que ela lhe concedesse o direito de escolher o presidente do órgão.

Que legal, gente. O cara, segundo o MP, encheria a governadora de dinheiro em troca de um pequeno favor: nomear o presidente do Detran. Claro, o inteligente queria colocar uma raposa dele para cuidar do galinheiro. Inteligente, sim, ou era burrice? Ou seja, esses órgãos são terrenos férteis para a corrupção. Eu acho até que, para quem quer "encher o bolso", é melhor ser presidente de certos departamentos públicos do quer ser senador da república.

Falando em senador eu já estava esquecendo de Osvaldo Sobrinho. Ele era o segundo suplente do deputado Jayme Campos (DEM-MT) eleito em 2006. Campos está licenciado visando as eleições. O primeiro suplente, Luiz Antônio Pagot (PR-MT) não quis assumir o cargo. Por que? Porque ele é diretor-geral do Dnit, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ora, o cara administra um orçamento de R$ 16 bilhões. Vai largar uma caixa-forte dessas para ficar olhando o bigode de Sarney e ganhar míseros R$ 16 mil?

Entendeu, não é? O Sheid, meu cachorro, sonhava em ser deputado federal pelo partido canino, quando me viu escrevendo este artigo mudou de idéia. Coçou a barriga e me confidenciou: acho que prefiro ser diretor do Detran. Eu tratei de pôr as patas dele no chão e disse: isso é para cachorro grande.

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