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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Um homemde coração mau

- Não, você não tem um coração bom; você tem um coração mau.
- Como mau, se eu deixei pra lá?
- Exatamente por isso. Se o seu coração fosse bom você não teria deixado, pra lá.
- Como assim?

O diálogo acima foi parte de uma conversa que tive com um cidadão no final de 2009; bem no finalzinho. No apagar das luzes, como diria o locutor de outrora. E vou explicar pra você, leitor, o que aconteceu. De coração, paisano, não pretendo que concordes comigo. O intuito, hoje, é levantar uma discussão. Faça um comentário, ao final, não permita que eu fique enjaulado na minha própria ignorância, caso percebas que estou equivocado. Agora, vamos ao que interessa.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O cartório e o prego. Ou será o cartório prego?

- Ai, alguma coisa furou meu joelho.
- O que pode ter sido?
- Acho que foi um prego.
- Mas como, um prego? Aí não tem prego.
- Foi um prego, sim, inclusive está sangrando; pouco, mas está. Deixa eu me abaixar aqui pra ver o que foi. Realmente, tem vários pregos enferrujados sob o balcão de atendimento.
- Mas eu nunca vi! Então foram deixados durante a reforma.
- E quando foi a reforma?
- Em 2000.
- E durante todo esse tempo você não viu os pregos sob o balcão no qual trabalha?

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Nem tudo que reluz é ouro

         Olha o título da matéria que li, há pouco, no clicrbs: “Maconha é encontrada dentro de papel higiênico no Presídio de Blumenau”. Como dizia o narrador de futebol, Sílvio Luiz: “pelas barbas do profeta”. Isso é o que eu chamo de incrível. Merece, realmente, um título. Um supertítulo, eu diria. O autor da chamada procura atrair a atenção do leitor com algo que deveria, eu disse deveria, ser interessante. Uma nova maneira de traficar, algo inusitado, que o leitor não sabia que existe. Entretanto, lendo a matéria completa, constatei o óbvio.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cem noites de solidão

          Gerineldo, Arcádio e Aureliano; bando de chupins! Calma, calma, não estou me referindo aos personagens do segundo livro hispânico mais lido no mundo. Você, leitor, sabe a qual obra literária me refiro, não? Isso mesmo, Cem Anos de Solidão, do jornalista colombiano Gabriel García Márquez. Pois bem, os personagens que citei não são, nem de longe, os honoráveis habitantes de Macondo, a fictícia aldeia do Nobel de literatura. Quem são eles, então?

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O palavrão - Parte II

          Fiquei pensando, pensando, e quanto mais eu pensava mais certeza fui tendo: o palavrão, assim como a cerveja, dá status. Exatamente, teve uma época em que usar palavras de “baixo calão” era coisa para confrontadores da ordem social, fosse essa ordem uma beleza ou uma porcaria. O “nome feio” era símbolo, também, de falta de vocabulário. O cidadão não conhecia mais do que cinquenta palavras do idioma que consagrou José Saramago. Era imprescindível decorar umas três ou quatro bem vagabundas para poder xingar quem lhe incomodasse. Contudo, quarenta milhões de analfabetos é coisa do passado.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O palavrão - Parte I

          Ei, fila da puta, atende essa porra! Calma, calma. Não aderi, de vez, a pornofonia. Também era o que faltava, começar 2010 enchendo os teus ouvidos de impropérios. Por isso explico o motivo da religiosa frase inicial: eu estava em um determinado lugar passando o final de semana chuvoso. Desculpe-me, mas não direi onde. Porem dei a dica; estava chovendo. Verão com chuva,e muita, só pode ser em Florian... De repente ouvi o pedido supracitado. Se bem que isso não é mais um pedido. É uma ordem. Pois então, passado o susto e com os cabelos no devido lugar entendi do que se tratava.