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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
2@12
Não gosto muito de falar de morte, de conversar sobre morte, de escrever sobre morte. O clima de velório não me empolga. E como ouço todos comentando sobre o óbito do vivente, fico com a criatividade enfraquecida. Quando o bonitão chegar, quem sabe minha verve escrevinhadora retorne.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Trabalho voluntário? Passo
Sou contra trabalho voluntário no Brasil, sim. E em qualquer outro país de ponta no quesito desigualdade social. Dinheiro aos borbotões na mão de um punhado e uma pataca por mês no bolso do operário é sinônimo de pornografia. Ou pensas, paisano, que pornográfico é quem gosta de nudez? Pornográfico, meu caro, é aquele que tira até a última gota de suor do trabalhador. Que arranca-lhe o direito a uma assistência médica por mais meia-colher que seja. Aí vem um propagandista do voluntariado induzindo o explorado a dar o resto do sangue a favor de quem está em situação pior.
Esse é o caroço da questão. Meu caro, quem tem que prestar serviço voluntário é quem ganha acima de R$ 20.000,00 por mês, é o vereador, é o deputado, é o senador, é o prefeito, é quem ocupa cargo público e tem, entre salário e benefícios, uma polpuda quantia. E essa tropa de terneiros cruza os bracinhos quando ouve falar em trabalho voluntário. Quem tem remuneração sofrida deveria dizer não à voluntariedade.
“Péra, péra, péra, Gilead”, dirá o leitor mais irritado, “e quem vai ajudar tantos que estão abandonados pelo poder público?”. Então, colega, a população deve pressionar os administradores do nosso rico dinheirinho a aplicar em ações sociais. Sabes, amizade, quantos patrícios nossos estão desempregados? Tens ideia? Pois esse exército de desempregados poderia ser utilizado para fazer o serviço que os voluntários estão fazendo. Ou seja, o voluntário provoca desemprego.
Não sou ignorante; sei que, às vezes, existe uma motivação religiosa. Pois que a religiosidade não provoque mais miséria. Que nossos religiosos entendam que, se há satanismo, ele está nas salas onde os esquemas de corrupção são arquitetados. Repreendamos, pois, esses anjos caídos. Em um país com tantas ratazanas no comando, sobrar dinheiro no caixa é pornografia certa. E o trabalho voluntário faz sobrar din-din. Que não me venham com discursos sentimentaloides. Quer me sensibilizar? Bote essa cambada de sanguessugas dos cofres públicos para dar sopa a mendigos.
Esse é o caroço da questão. Meu caro, quem tem que prestar serviço voluntário é quem ganha acima de R$ 20.000,00 por mês, é o vereador, é o deputado, é o senador, é o prefeito, é quem ocupa cargo público e tem, entre salário e benefícios, uma polpuda quantia. E essa tropa de terneiros cruza os bracinhos quando ouve falar em trabalho voluntário. Quem tem remuneração sofrida deveria dizer não à voluntariedade.
“Péra, péra, péra, Gilead”, dirá o leitor mais irritado, “e quem vai ajudar tantos que estão abandonados pelo poder público?”. Então, colega, a população deve pressionar os administradores do nosso rico dinheirinho a aplicar em ações sociais. Sabes, amizade, quantos patrícios nossos estão desempregados? Tens ideia? Pois esse exército de desempregados poderia ser utilizado para fazer o serviço que os voluntários estão fazendo. Ou seja, o voluntário provoca desemprego.
Não sou ignorante; sei que, às vezes, existe uma motivação religiosa. Pois que a religiosidade não provoque mais miséria. Que nossos religiosos entendam que, se há satanismo, ele está nas salas onde os esquemas de corrupção são arquitetados. Repreendamos, pois, esses anjos caídos. Em um país com tantas ratazanas no comando, sobrar dinheiro no caixa é pornografia certa. E o trabalho voluntário faz sobrar din-din. Que não me venham com discursos sentimentaloides. Quer me sensibilizar? Bote essa cambada de sanguessugas dos cofres públicos para dar sopa a mendigos.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
A grávida do ano
A grávida do ano não é Gisele Bundchen. Também não é a mãe do filho de Neymar, que eu nem sei o nome da moça - santa ignorância, Gile. É, simpatia, a gravidez mais esperada por este jeca nordestino metido a gente também não foi a da poderosa e quase enciclopédica Luciana Gimenez. A propósito, paisano: sabes me explicar por que só os nascidos no Norte e no Nordeste carregam uma espécie de vínculo com a região de onde são? Quem é natural do Sul é chamado de sulista? Quem nasce no Centro Oeste é, por acaso, centroestino? E a turma do Sudeste, é sudestina? Caso saibas o motivo desse negócio, envia um email para o apedeuta aqui, please. Voltemos às grávidas. A barriguda de2011 tem pouco mais de um metro de altura. Possui duas guampas poderosíssimas. Foi homenageada por Caetano Veloso com a música "linda demais". Quem é, quem é?
É Jipão. A terneira Jersey da República Três Platôs. E aproveito para adiantar que o filho da moçoila, quando estiver em fase de aprendizado, poderá levar uma palmadas, sim senhora. Caso mereça, óbvio. É, amizade, na referida República tem vacas, cachorros não.
Fotos da grávida:
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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Vá à marcha, mas não me chame
Marcha pela direito de encher a pança de droga – para não ser desbocado e dizer encher outra coisa –: não me chame.
Marcha pelo direito de ter parceiro macho, fêmea ou jegue: por favor, me inclua fora dessa.
Marcha para ter direito a ser um religioso segregário: passo.
Marcha contra políticos que assaltam o povo na cara de pau – tô fora.
Quem me conhece não vê novidade no meu posicionamento quanto aos três primeiros movimentos citados. E é fácil de deduzir, porque não sou usuário de porcaria nenhuma que venha a me tornar mais imbecilizado do que já estou. Quanto ao sexo, quando nasci, lá em Natal, sem direito a ultrassonografia, fotografia ou outra porcaria qualquer, o médico disse: é homem. Homem nada, era um piazinho do tamanho de um rato. Era macho. Macho fui, macho sou e macho serei. Agora se um amigo meu, de nome Ronaldão, resolveu virar Rosinha, problema dele. Continua meu amigo.
Seu Maurício e dona Margô ensinaram-me a respeitar. Quando encontro o ex-Ronaldo, não penso duas vezes antes de dizer “e aí mermão”. E a marcha pra Jesus, Gile, você é contra? Permita-me o chavão, mas não sou contra nem a favor, muito pelo contrário. Tenho, no entanto, sérias desconfianças que Jesus não tem nada a ver com o negócio. E se a marcha é feita por religiosos, para religiosos demonstrarem sua força e para os líderes das igrejas poderem depois negociar com políticos o apoio a essa ou aquela candidatura... pe-la-mor-de-Deus. Até aqui tudo bem, mas quando o assunto é corrupção tem uma bagualada de orelha em pé: “o quê, Gile? Não apóias a luta contra os corruptos?”. Vamos comer o boi aos bifes.
Amigo, você acha que o cara que gasta uma bolada numa campanha mais suja do que chiqueiro de porco está brincando? Achas que o prefeito que rouba a merenda escolar de crianças está pensando em festinhas com palhaços coloridos? Acreditas que essa cambada de políticos que enriquecem à custa dos impostos de trabalhadores está a fim de cantigas de ninar? Mesmo assim, entendes que um punhado de gente com apito na boca ou nariz de palhaço pode sensibilizar o coração desses descendentes direto de Nero? Não, não vou a nenhuma manifestação contra a corrupção em que os manifestantes não estejam determinados a lutar.
Lutar no sentido mais original da palavra. A corrupção é um cancro que precisa ser extirpado, senão mata o Brasil. Enquanto os corruptos não defrontarem-se com uma multidão enraivecida, capaz de derramar o próprio sangue, eles continuarão matando idosos nas filas de hospitais. Continuarão permitindo que marginais iguais a eles roubem e tirem a vida de pais de família. Para enfrentar um leão, meu chapa, precisamos ao menos de uma boa faca. Por isso, não me convide para fazer parte de uma marcha contra a corrupção. Não creio em grandes mudanças sem derramamento de sangue; que o digam as últimas reviravoltas no chamado mundo árabe. Combater a corrupção com vassourinhas, faixas e gritos... Desculpe-me a sinceridade – ou pessimismo -, mas acho que é apenas pirotecnia.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
O cérebro de lacraia, a OAB e a Barra da Lagoa
Você é morador da Grande Florianópolis? Então, conhece a Barra da Lagoa. Não é e não tem a menor ideia do que seja, nem onde fica? Pois bem, a Barra da Lagoa é um bairro de Florianópolis juntinho da afamada Lagoa da Conceição. Pousadas tem aos punhados por lá. Isso implica em turistas às toneladas no verão. Florianópolis, verão e turismo, somados ao descaso do poder público, resulta não só em trânsito caótico, mas ao consumo exagerado de drogas. E não precisa ser investigador pós-graduado para saber disso. Um pouco de vivência e olhos atenciosos são suficientes. É assim em quase todo destino turístico nas terras descobertas por Cabral em 1500.
Antes que um ilhéu bairrista saque seus argumentos e me chame de cabeça chata, vou dar um exemplo do que ocorre no meu querido Rio Grande do Norte. Praia de Pipa. Meu caro, se o consumo de drogas for combatido por lá, o lugarejo será esvaziado em menos de vinte e quatro horas. Pipa é um território livre. Livre para quem quer encher o bucho de cocaína, maconha e congêneres. E o mesmo fenômeno vem crescendo pelas praias de Floripa. Até minha idolatrada Praia da Daniela, conhecida por ser um balneário para a família, vem se transformando num polo atrator de maconheiros. Daqui a pouco, terei que usar máscara durante minhas caminhadas na areia. Até me lembra aquela música do Ultraje a rigor: “nós vamos invadir sua praia”.
Droga, meu chapa, é coisa para rico, para quem tem dinheiro. O pobre inventa de usar e não tem dinheiro para fazer o investimento. Toda porcaria, hoje, é investimento. Não duvido que em breve as propagandas de cervejas dirão: “invista em cinquenta garrafas de cervejas por noite”. Pois bem, o carinha quer maconha e não tem como comprar; o que faz, o que faz? Rouba, assalta. Quer cocaína e o babado está caro; o que faz, o que faz? Criminalidade, paisano. Criminalidade. Enquanto uma parte da sociedade discute o assunto, a outra sofre as consequências. Voltemos à Barra da Lagoa falada no primeiro parágrafo.
Droga, meu chapa, é coisa para rico, para quem tem dinheiro. O pobre inventa de usar e não tem dinheiro para fazer o investimento. Toda porcaria, hoje, é investimento. Não duvido que em breve as propagandas de cervejas dirão: “invista em cinquenta garrafas de cervejas por noite”. Pois bem, o carinha quer maconha e não tem como comprar; o que faz, o que faz? Rouba, assalta. Quer cocaína e o babado está caro; o que faz, o que faz? Criminalidade, paisano. Criminalidade. Enquanto uma parte da sociedade discute o assunto, a outra sofre as consequências. Voltemos à Barra da Lagoa falada no primeiro parágrafo.
Com o aumento do tráfico, e consequente criminalidade, a população viu-se acuada entre a ação de marginais e a ausência de segurança pública. E o ser humano aterrorizado, simpatia, não difere de qualquer outro animal. A comunidade da Barra deu as mãos e surrou a cambada de desordeiros que infestava o local. É a clara evidência que o poder público faliu. O dinheiro do contribuinte é sugado por administradores que não pensam duas vezes antes de meter a mão no erário. A OAB local, outra sanguessuga – que o diga o caso da chamada Advocacia Dativa -, logo tratou de advertir a população. De acordo com o site do jornal Diário Catarinense, "o presidente da Comissão de Segurança, Criminalidade e Violência Pública da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Juliano Keller do Valle, esclarece que as pessoas que participaram da agressão agiram contra a lei e podem ser responsabilizadas judicialmente por lesão corporal leve, grave ou tentativa de homicídio, se um inquérito for aberto". Ora, ora, dona OAB, comece a trabalhar pelo povo. Comece incentivando a criação de uma defensoria pública. Porque vai ter gente pensando que a senhora está, também, lucrando com o crescimento da criminalidade. Claro que tem advogados que vivem à custa de marginais, mas a OAB não deve enveredar por esse caminho.
Enquanto os políticos deixam a população à mercê de bandidos – incluindo eles, lógico -, resta aos cidadãos o direito a defesa. E esse direito é sagrado. Nem a OAB, nem o diabo que a carregue, tem o direito de proibir que um mortal se defenda. “Mas ninguém pode fazer justiça com as próprias mãos”, dirá um cérebro de lacraia. E-vi-den-te, ô cabeça de prego. O problema é que os moradores da Barra perderam a fé em quem deveria lhes defender. Sentem-se órfãos do Estado. São bezerros desmamados cuja mãe foi encontrar-se com o único mal irremediável. Aí, companheiro, é salve-se quem puder. E não se engane, atitudes como a dos moradores da Barra vão surgir aos borbotões por esse Brasil tão abandonado pela República.
Enquanto os políticos deixam a população à mercê de bandidos – incluindo eles, lógico -, resta aos cidadãos o direito a defesa. E esse direito é sagrado. Nem a OAB, nem o diabo que a carregue, tem o direito de proibir que um mortal se defenda. “Mas ninguém pode fazer justiça com as próprias mãos”, dirá um cérebro de lacraia. E-vi-den-te, ô cabeça de prego. O problema é que os moradores da Barra perderam a fé em quem deveria lhes defender. Sentem-se órfãos do Estado. São bezerros desmamados cuja mãe foi encontrar-se com o único mal irremediável. Aí, companheiro, é salve-se quem puder. E não se engane, atitudes como a dos moradores da Barra vão surgir aos borbotões por esse Brasil tão abandonado pela República.
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sábado, 10 de dezembro de 2011
Os filhos de Papai Noel
Tem músicas que ficam para sempre no nosso depósito de pensar bobagens. Foi assim quando ouvi pela primeira vez o hit Florentina, do atual deputado Tiririca. Passei numa rua da Capital Espacial do Brasil e escutei o cearense dizendo “qual é, qual foi, por que que tu ta nessa?”. O refrão grudou na minha cachola feito super bonder. Eu estava condenado a nunca mais esquecer aqueles camonianos versos. Você, sem precisar envidar esforço algum, já está lembrando-se das letras de canções tatuadas no teu porta cabelos. Eu tenho as minhas, você tem as suas. Essa ou aquela pode até ser comum a nos dois. Tem uma, no entanto, que tenho absoluta certeza que você carrega, mesmo que a contragosto, na cabeça. “Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel”, lembra? Claro que sim, hem.
O tempo, esse estraga prazeres de inocentes, tratou de provar por A mais B que, de fato, nem todos nós somos filhos do velhinho colorado. Um portal de notícias de Florianópolis alardeou que “A Assembleia, o Tribunal de Justiça, o TCE e o Ministério Público vão conceder gratificações de Natal aos servidores sob o argumento de que é tradição e de que sobrou dinheiro”. Fiquei de fora dessa mega/hiper/super teta. Elementar, paisano, não sou filho de Papai Noel. Começo a achar que esse octogenário alvirrubro nasceu com a mãe na zona. E no cabaré chamado Santa Catarina, só os brothers dele tem direito a presentes. Certamente os beréus de todo o Brasil estão em festa, não apenas o daqui. Seria nosso país uma espécie de Pânico na TV, onde só a sacanagem tem vez? Bem, se serve de consolo, pelo menos o velho embusteiro não é flamenguista.
O tempo, esse estraga prazeres de inocentes, tratou de provar por A mais B que, de fato, nem todos nós somos filhos do velhinho colorado. Um portal de notícias de Florianópolis alardeou que “A Assembleia, o Tribunal de Justiça, o TCE e o Ministério Público vão conceder gratificações de Natal aos servidores sob o argumento de que é tradição e de que sobrou dinheiro”. Fiquei de fora dessa mega/hiper/super teta. Elementar, paisano, não sou filho de Papai Noel. Começo a achar que esse octogenário alvirrubro nasceu com a mãe na zona. E no cabaré chamado Santa Catarina, só os brothers dele tem direito a presentes. Certamente os beréus de todo o Brasil estão em festa, não apenas o daqui. Seria nosso país uma espécie de Pânico na TV, onde só a sacanagem tem vez? Bem, se serve de consolo, pelo menos o velho embusteiro não é flamenguista.
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
O bicho de 2011
Atice sua curiosidade que a eleição do ano está chegando. Estamos escolhendo os personagens de 2011 na República Três Platôs. Você, leitor, leitora ou coisa do gênero, poderá votar quantas vezes quiser em quem achar melhor. Para não gerar aquelas dúvidas e incertezas próprias de quem, como eu, não conhece os meandros da democracia, cada categoria terá apenas um candidato. Com isso evitaremos que uma mesma mão clique cinco mil vezes no mesmo bicho. Ah, o ledor contumaz do reporteando sabe que, no Três Platôs, a bicharada tem vez. Por isso, os concorrentes do pleito serão todos animais. O candidato único também elimina a vergonha de candidatos que são usados apenas para legitimar o processo, mas que antes da votação já foram dados como derrotados pela organização. Nos próximos dias postarei as fotos dos candidatos. Antecipo desde já as categorias em destaque.
Penico: em homenagem ao programa de televisão da rede TV que faz a cabeça da juventude. Na verdade, uma dupla estará concorrendo. Maria Rosa e Chica Pelega são duas terneiras Jersey que mamam uma na outra ao mesmo tempo. São as artistas do sítio. Quem vê a cena, esbalda-se.
Sanguessuga: alusivo aos políticos tupiniquins. O representante dessa categoria é o chupim. Um pássaro que, ao invés de fazer seu ninho, procura o de outra ave e deposita seus ovos ali. Antes, porém, quebra os ovos do proprietário do lar. Depois, é só esperar que os filhos nasçam e outros os alimentem. O chupim, em suma, cresce com o trabalho alheio.
Povo: representando o operariado brasileiro. O indicado ao título é a cambacica. Uma ave minúscula que teve seu ninho invadido pelo chupim. Agora os filhos do intruso nasceram. Ela, menor do que os filhotes, passa o dia em busca de alimento para os três esfomeados.
Penico: em homenagem ao programa de televisão da rede TV que faz a cabeça da juventude. Na verdade, uma dupla estará concorrendo. Maria Rosa e Chica Pelega são duas terneiras Jersey que mamam uma na outra ao mesmo tempo. São as artistas do sítio. Quem vê a cena, esbalda-se.
Sanguessuga: alusivo aos políticos tupiniquins. O representante dessa categoria é o chupim. Um pássaro que, ao invés de fazer seu ninho, procura o de outra ave e deposita seus ovos ali. Antes, porém, quebra os ovos do proprietário do lar. Depois, é só esperar que os filhos nasçam e outros os alimentem. O chupim, em suma, cresce com o trabalho alheio.
Povo: representando o operariado brasileiro. O indicado ao título é a cambacica. Uma ave minúscula que teve seu ninho invadido pelo chupim. Agora os filhos do intruso nasceram. Ela, menor do que os filhotes, passa o dia em busca de alimento para os três esfomeados.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Prefeitura de Florianópolis imita galinha
Florianópolis recebe hoje mais uma obra no seu travado sistema viário. Um elevado foi construído para facilitar o trânsito para quem chega à ilha. Logo mais, às 10h, será feita a inauguração. Um ato semelhante ao cantar da galinha quando bota o ovo. A população deve ficar esperta porque, assim como ocorre com as penosas, do mesmo lugar que verte a edificação costuma brotar algo nada bom. É justamente por esse motivo que alguns mandatários adoram construção. Não sou idiota a ponto de ser contrário às melhorias da cidade, como não sou avesso a ovos. Sou, no entanto, totalmente contrário a publicidade dada às inaugurações de obras públicas. Claro, meu amigo. Para fazer isso, o erário precisa encher os bolsos da mídia. Esta, por sua vez, para não perder a teta, torna-se uma amordaçada. Vamos deixar o cacarejo para as poedeiras. Os beneficiados que notem as obras do governo.
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Vasco é vice, graças ao apito
Parabéns, Corinthians. Parabéns, Vasco. Parabéns aos demais pela participação no campeonato. Na verdade, os únicos times que tem cara de vencedores são os alvinegros citados. Os outros são arremedos. Se o Vasco foi vice, foi graças à intervenção do tão famoso apito. Só para destacar algumas arbitragens danosíssimas à equipe de São Januário:
- Vasco 0, Flamengo 0: no último minuto de jogo, um atacante vascaíno – Bernardo - foi derrubado dentro da área flamenguista. Um pênalti grosseiro que o apitador preferiu ignorar. Dois pontos surrupiados da nau.
- Vasco 0, São Paulo 0: Assim como no jogo contra o Flamengo, outro pênalti escandaloso no finzinho do jogo deixou de ser apitado em favor do Vasco. Mais dois pontos sequestrados.
- Vasco 0, Santos 2: Um pênalti contra os santistas não foi marcado, todo mundo viu, menos o árbitro. Diego Souza fez um golaço e o soprador de apito invalidou-o. Dias depois, Fred fez um quase igual contra o Vasco e valeu. Digamos que, nesse caso, tomaram um pontinho do Vasco.
- Contra o Palmeiras, meu Deus do céu. O zagueiro palmeirense agarrou o vascaíno pelo pescoço e derrubou-o dentro da área. Um pênalti tão claro que o árbitro deve estar envergonhado até agora por não ter dado. Outros dois pontinhos levados de assalto.
- Vasco 1, Flamengo 1: ontem foi uma vergonha. Parece que o jogador do Flamengo pediu a camisa de Diego Souza antes do jogo. Até aí tudo bem, mas o flamenguista quis a camisa durante a partida e tentou arrancá-la dentro da sua própria área. Não ganhou a camisa, mas evitou o gol vascaíno. Dois pontos afanados da caravela.
Por cima, nove pontos tomados do Vasco. Isso não tira o mérito do Corinthians, que lutou até o último minuto do campeonato para ser campeão. Teve percalços, mas administrou tudo com muita frieza. Essas duas equipes, caso mantenham seus elencos, são candidatíssimos a vencerem a Libertadores 2012.
- Vasco 0, Flamengo 0: no último minuto de jogo, um atacante vascaíno – Bernardo - foi derrubado dentro da área flamenguista. Um pênalti grosseiro que o apitador preferiu ignorar. Dois pontos surrupiados da nau.
- Vasco 0, São Paulo 0: Assim como no jogo contra o Flamengo, outro pênalti escandaloso no finzinho do jogo deixou de ser apitado em favor do Vasco. Mais dois pontos sequestrados.
- Vasco 0, Santos 2: Um pênalti contra os santistas não foi marcado, todo mundo viu, menos o árbitro. Diego Souza fez um golaço e o soprador de apito invalidou-o. Dias depois, Fred fez um quase igual contra o Vasco e valeu. Digamos que, nesse caso, tomaram um pontinho do Vasco.
- Contra o Palmeiras, meu Deus do céu. O zagueiro palmeirense agarrou o vascaíno pelo pescoço e derrubou-o dentro da área. Um pênalti tão claro que o árbitro deve estar envergonhado até agora por não ter dado. Outros dois pontinhos levados de assalto.
- Vasco 1, Flamengo 1: ontem foi uma vergonha. Parece que o jogador do Flamengo pediu a camisa de Diego Souza antes do jogo. Até aí tudo bem, mas o flamenguista quis a camisa durante a partida e tentou arrancá-la dentro da sua própria área. Não ganhou a camisa, mas evitou o gol vascaíno. Dois pontos afanados da caravela.
Por cima, nove pontos tomados do Vasco. Isso não tira o mérito do Corinthians, que lutou até o último minuto do campeonato para ser campeão. Teve percalços, mas administrou tudo com muita frieza. Essas duas equipes, caso mantenham seus elencos, são candidatíssimos a vencerem a Libertadores 2012.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Tô fora
Tô fora do ar.
Tô fora até segunda.
Tô fora da internet.
Tô fora da televisão.
Tô fora do rádio.
Tô fora de área.
Tô dentro.
Tô dentro até segunda.
Tô dentro da natureza.
Tô dentro do verdadeiro.
Tô dentro da paz.
Até.
Tô fora até segunda.
Tô fora da internet.
Tô fora da televisão.
Tô fora do rádio.
Tô fora de área.
Tô dentro.
Tô dentro até segunda.
Tô dentro da natureza.
Tô dentro do verdadeiro.
Tô dentro da paz.
Até.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Acho que foi em Belô
Desde pequeno, acostumei-me com a falta de datas marcantes. O Natal era, para minha família, um embuste do tamanho da muralha da China. Para euzinho aqui, continua sendo. Até curto uma boa ceia natalina hoje em dia. Acho, no entanto, uma forçada de barra capitalista avalizada pela toda poderosa Igreja Católica. Isso porque qualquer piá que tenha estudado uma ou duas páginas sobre a história de Jesus Cristo sabe que o nazareno não nasceu em dezembro. A data transformou-se em comércio. Tem gente que acredita mesmo que o Natal é, de fato, o dia em que o salvador nasceu. Ilusão, ilusão, como te gostam os humanos. Dias que exigiam minha pueril atenção eram: Dia do índio, Dia da árvore e Dia da independência do Brasil. Aniversários na minha casa foram raríssimos. Lembro dos quinze anos de uma das minhas três irmãs. Ah, em Belo Horizonte comemoramos o de alguém. Mas não sei de quem foi. Uma fotografia – prova do crime – em preto e branco mostra minha mãe ladeada por sete filhos em torno de uma mesa. E eu estava lá. Não me lembro daquele dia. Eu devia ter uns quatro anos. É, aniversário nunca foi o forte dos Maurícios. Também, éramos dez. E fazer uma para cada, mais a do pai e a da mãe, seriam doze por ano. Mais de uma por mês. Sem chance.
Pode até ser que o níver em Belô tenha sido meu; precisarei apurar a informação. Não recordo de um aniversário do Gile quando criança. Se houve, não deixou memória. E o que não nos remete ao passado não existiu. Ultimamente passei a comemorar meu natalício. Nada de festança. Sou avesso a multidão. Tenho também poucos amigos. Um punhadinho, para ser sincero. Colegas tenho um milhão - sou quase um Roberto Carlos. Conhecidos, novecentos e oitenta e quatro mil. Se faço uma festa e convido um amigo, um colega acha ruim e deixa de ser meu amigo. Um conhecido, ao saber do ocorrido, renega minha amizade. Só os parentes não deixam de ser meus parentes. Porque não tem como. O fato é que faço um churrasco e chamo não mais do que vinte bocas. Passou disso, para mim é muvuca. Outro dia me perguntei o porquê de ter passado a comemorar meu aniversário. O espelho me disse que é porque estou no segundo tempo da vida. E durante o segundo tempo, meu chapa, podemos ser substituídos a qualquer momento. Podemos sofrer uma contusão e ter que deixar o gramado. O treinador pode entender que estamos jogando mal e... fora. No jogo da vida, poucos chegam aos acréscimos. Eu já avisei ao técnico que só quero estar em campo enquanto puder correr, marcar, fazer gols. É isso, cada três de dezembro é um gol que faço. Nesse caso, já posso me considerar um artilheiro.
Pode até ser que o níver em Belô tenha sido meu; precisarei apurar a informação. Não recordo de um aniversário do Gile quando criança. Se houve, não deixou memória. E o que não nos remete ao passado não existiu. Ultimamente passei a comemorar meu natalício. Nada de festança. Sou avesso a multidão. Tenho também poucos amigos. Um punhadinho, para ser sincero. Colegas tenho um milhão - sou quase um Roberto Carlos. Conhecidos, novecentos e oitenta e quatro mil. Se faço uma festa e convido um amigo, um colega acha ruim e deixa de ser meu amigo. Um conhecido, ao saber do ocorrido, renega minha amizade. Só os parentes não deixam de ser meus parentes. Porque não tem como. O fato é que faço um churrasco e chamo não mais do que vinte bocas. Passou disso, para mim é muvuca. Outro dia me perguntei o porquê de ter passado a comemorar meu aniversário. O espelho me disse que é porque estou no segundo tempo da vida. E durante o segundo tempo, meu chapa, podemos ser substituídos a qualquer momento. Podemos sofrer uma contusão e ter que deixar o gramado. O treinador pode entender que estamos jogando mal e... fora. No jogo da vida, poucos chegam aos acréscimos. Eu já avisei ao técnico que só quero estar em campo enquanto puder correr, marcar, fazer gols. É isso, cada três de dezembro é um gol que faço. Nesse caso, já posso me considerar um artilheiro.
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