Utilização do conteúdo

Autorizo o uso do material aqui produzido, desde que seja dado crédito ao autor e não tenha uso comercial

sábado, 10 de dezembro de 2011

Os filhos de Papai Noel


     Tem músicas que ficam para sempre no nosso depósito de pensar bobagens. Foi assim quando ouvi pela primeira vez o hit Florentina, do atual deputado Tiririca. Passei numa rua da Capital Espacial do Brasil e escutei o cearense dizendo “qual é, qual foi, por que que tu ta nessa?”. O refrão grudou na minha cachola feito super bonder. Eu estava condenado a nunca mais esquecer aqueles camonianos versos. Você, sem precisar envidar esforço algum, já está lembrando-se das letras de canções tatuadas no teu porta cabelos. Eu tenho as minhas, você tem as suas. Essa ou aquela pode até ser comum a nos dois. Tem uma, no entanto, que tenho absoluta certeza que você carrega, mesmo que a contragosto, na cabeça. “Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel”, lembra? Claro que sim, hem.

     O tempo, esse estraga prazeres de inocentes, tratou de provar por A mais B que, de fato, nem todos nós somos filhos do velhinho colorado. Um portal de notícias de Florianópolis alardeou que “A Assembleia, o Tribunal de Justiça, o TCE e o Ministério Público vão conceder gratificações de Natal aos servidores sob o argumento de que é tradição e de que sobrou dinheiro”. Fiquei de fora dessa mega/hiper/super teta. Elementar, paisano, não sou filho de Papai Noel. Começo a achar que esse octogenário alvirrubro nasceu com a mãe na zona. E no cabaré chamado Santa Catarina, só os brothers dele tem direito a presentes. Certamente os beréus de todo o Brasil estão em festa, não apenas o daqui. Seria nosso país uma espécie de Pânico na TV, onde só a sacanagem tem vez? Bem, se serve de consolo, pelo menos o velho embusteiro não é flamenguista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário