Pode não ter sido o melhor jogo do ano, mas foi – e disso eu não tenho meio grama de dúvidas – um dos melhores. Não me pergunte por dados estatísticos da partida. Faça isso a quem acha que futebol tem lógica, racionalidade ou senso de justiça. Jogo de bola, foi assim que aprendi chamar o esporte bretão, é puro transpirar. É coração fazendo tum-tum-tum em ritmo de frevo. E quando menos se espera, muda para uma valsa chorosa. Certos embates, vamos combinar, já começam meio numa bossa nova. Parece que não vão esquentar nunca e faz até torcedor bocejar. Outros são maracatus afoitíssimos, desde o pontapé inicial. Na arquibancada ou no sofá, o torcedor não mexe o olho nem para um lado nem para o outro. “Querido, vê uma toalha para mim”, grita a esposa de dentro do banheiro. É o mesmo que dizer “dê uma surra no campeão mundial de luta livre”. Com o músculo cardíaco em descompasso, ele parte para entregar o pano à companheira. O narrador não perdoa tamanho pecado e berra: “Goooooooooooooooooooooooooool do Criciúma; Zé Carlos.
O avaiano, que sabia da importância de uma vitória no sul de Santa Catarina, esmorece. Sabe, sim o torcedor tem um sexto sentido futebolístico que não se explica, que a equipe azul e branca da ressacada não reagirá. Do outro lado, o criciumense comemora a vitória antecipadamente. Os sete pênaltis não marcados a favor de sua equipe não farão falta. As setenta e oito finalizações contra a meta avaiana haviam minado a defesa adversária, e o gol do maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro sacramentou a superioridade do Tigre. “Espera aí, Gilead. Que história é essa de maior artilheiro?”. Meu chapa, do jeito que Zé Carlo tá ele vai fazer 40 gols até o fim da competição. Ontem, ele parecia ter tomado doze litros de refrigerante antes do jogo. Era um pique e uma golfada. Mesmo assim, ainda conseguiu ficar em campo para balançar a rede do Avaí mais uma vez.
O time do Guga sabia, desde antes de a partida começar, que não venceria. Defendeu-se com todas as forças. Em Florianópolis, seus torcedores lamentaram os gols ridículos que tomaram. “Gol de pelada”, irritou-se um manezinho. “De certo, algum jogador se vendeu, caso contrário a gente não perderia nunca”, justificou outro. Os criciumenses já preparam os corações para a Primeira Divisão em 2013. A pergunta que não quer calar é: “quem fará mais ponto, o Atlético Mineiro na Série A ou o Criciúma na B?".
Aos avaianos, restou dormir ao som de uma caixinha de música, daquelas que têm uma bailarina. Aos tigrados, o pancadão não para.
O avaiano, que sabia da importância de uma vitória no sul de Santa Catarina, esmorece. Sabe, sim o torcedor tem um sexto sentido futebolístico que não se explica, que a equipe azul e branca da ressacada não reagirá. Do outro lado, o criciumense comemora a vitória antecipadamente. Os sete pênaltis não marcados a favor de sua equipe não farão falta. As setenta e oito finalizações contra a meta avaiana haviam minado a defesa adversária, e o gol do maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro sacramentou a superioridade do Tigre. “Espera aí, Gilead. Que história é essa de maior artilheiro?”. Meu chapa, do jeito que Zé Carlo tá ele vai fazer 40 gols até o fim da competição. Ontem, ele parecia ter tomado doze litros de refrigerante antes do jogo. Era um pique e uma golfada. Mesmo assim, ainda conseguiu ficar em campo para balançar a rede do Avaí mais uma vez.
O time do Guga sabia, desde antes de a partida começar, que não venceria. Defendeu-se com todas as forças. Em Florianópolis, seus torcedores lamentaram os gols ridículos que tomaram. “Gol de pelada”, irritou-se um manezinho. “De certo, algum jogador se vendeu, caso contrário a gente não perderia nunca”, justificou outro. Os criciumenses já preparam os corações para a Primeira Divisão em 2013. A pergunta que não quer calar é: “quem fará mais ponto, o Atlético Mineiro na Série A ou o Criciúma na B?".
Aos avaianos, restou dormir ao som de uma caixinha de música, daquelas que têm uma bailarina. Aos tigrados, o pancadão não para.
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