Refrigerante. Três, quatro vezes por dia. Cerveja. Cerveja enquanto a pança agüentar. Pão. Pão com manteiga. Pão com presunto e queijo. Pão com requeijão. Pão doce. Pão salgado. Pão a torto e a direito. Como canta o Titãs, “a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé”. Calma, calma, a gente não quer balé. Nem balé e nem qualquer outro tipo de exercício. Ginástica? Nem pensar. Futebol, caminhada e corrida? Só se for no computador. Aí não tem jeito, paisano, a barriga a lá Tim Maia vai reinar. As pernas com hectares de celulite e alqueires de estrias afugentará interessados olhares. O que fazer, senhoras e senhores? Chame o velho.
Lembro de uma propaganda de uma rádio do Rio de Janeiro que dizia: “chame o velho, chame o velho que vem coisa boa”. O velho, no caso, era uma bebida. Contra a falta de exercício, contra a bebedeira e contra a glutonaria: chame o SUS. Ora, ora, o sujeito não cuida do próprio corpo e depois quer que o sistema de saúde financie-lhe uma redução do estomago. Quem tem que pagar pela cirurgia, se é que alguém tem que o fazer, é o produtor de refrigerante, de cerveja. Para ser sincero, acho que cabia melhor um bolsa academia. O camarada está fora de forma? Exercício nele. Lógico, simpatia, que não estou me referindo àqueles casos de doença. Ao enfermo, tratamento. Para esse a cirurgia bariátrica pode ser a única saída.
Agora me vem uma guria de vinte anos e pesando cem quilos pedir para o contribuinte custear sua beleza? Fala sério, jacaré.
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