No último fim de semana fui ao cinema assistir Rambo 23. Na verdade o nome do filme é Os Mercenários. Mas bem que podia ser Rambo 23. Stallone se apresenta, ou pelo menos tenta, como se fosse o saradão Rambo de 1982. A boca torta do ator, consequência do fórceps utilizado em seu parto, tem a companhia de paralizados músculos faciais - frutos de plásticas, botox e delicadezas do gênero. E chamo o longa-metragem de Rambo 23 porque o próximo filme do americano será Rambo 24, Stallone Sai do Armário. Como eu sei disso? Elementar, paisano. É como acontece no livro Crônica de Uma Morte Anunciada, do jornalista colombiano Gabriel Garcia Marquez. Nele, o personagem principal, Santiago Nazar, é condenado à morte desde o início. O nobel de literatura inicia o texto informando que Santiago morreu. Mesmo assim o leitor é levado a acreditar que o bonitão não vai se dobrar à foice da "marvada". No fim do livro, Santiago, conforme prometido, sucumbe.
Os 64 anos de músculos não me engana, nem engana o DJ Maluco: "Tu é gay, tu é gay que eu sei". Stallone aproveita o cenário do lindo município de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, para soltar a franga. Venhamos e convenhamos, senhoras e senhores, o velho Rock Balboa dá cada escorregada que não engana nem meu inocente avô, que já se foi ha décadas. Vale a pena assistir. O filme é uma mistura de Rambo, a Gaiola das loucas e Tratamento de choque. Se você tem um olhar não muito ingênuo, perceberá uma crítica ao presidente da Venezuela, Hugo Chavez. Fica evidenciado a arrogância "libertadora" dos americanos. O que não fica claro é o papel de Arnold Schwarzenegger. Muito menos o de Bruce Willes. Eles fazem uma pontinha, talvez, que fique claro, para apoiar o colega Stallone em sua missão de virar borboleta.
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