Li certa vez uma fábula hispânica sobre a origem dos pássaros. É mais ou menos assim: No princípio os pássaros foram criados sem asas. Tinham uma bela plumagem, uma voz maviosa, mas não voavam. Não tinham asas. Caminhavam. Certo dia o criador avisou que todos deveriam se apresentar em um grande campo. Os pássaros, obedientes ao pai da criação, fizeram-se presente no local indicado. Na frente de cada um deles foi colocado um fardo. Cada um ganhou o seu. Desde o pequeno colibri até a maior das aves de rapina. Eles ficaram intrigados com aquelas cargas depositadas à frente. De repente surge a divindade. Pede que cada um coloque o respectivo fardo nas costas. O zum-zum-zum foi geral. “De onde já se viu, carregar um peso desses”, reclamou um. Foi o estopim, a revolta generalizou-se. O ser supremo acalmou-os e orientou-lhes de como proceder.
Um a um eles foram cedendo e amoldando os fardos. E começaram a andar com aquela tralha nos lombos. Passaram a correr. Balançaram os novos apetrechos. Sem explicação começaram a ganhar altura. Passaram a ver a relva de cima. O mundo ganhou novo significado. Os fardos se tornaram em asas. Quantas vezes, colega, reclamos de coisas que, aparentemente, não nos ajudam em nada? Não esqueçamos, pois dessa fábula.
Um a um eles foram cedendo e amoldando os fardos. E começaram a andar com aquela tralha nos lombos. Passaram a correr. Balançaram os novos apetrechos. Sem explicação começaram a ganhar altura. Passaram a ver a relva de cima. O mundo ganhou novo significado. Os fardos se tornaram em asas. Quantas vezes, colega, reclamos de coisas que, aparentemente, não nos ajudam em nada? Não esqueçamos, pois dessa fábula.
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