Os Pinochistas estão chegando. Os fascistas, os nazistas e os czaristas também. E acharam o melhor lugar do Brasil para se instalarem - os campos de futebol. Personalizados na figura do árbitro, alvoroçam os gramados do país desde o Rio Grande do Sul até Roraima e chegam rápidos e faceiros aos lares tupiniquins via televisão. Num gestual que lembra os falecidos déspotas, arregalam os olhos, berram nos ouvidos dos atletas e erguem o braço tendo à mão um Yellow Card. Coi-ta-do de quem ousar enfrentá-los. “Ah, mas os jogadores são mal educados e folgados”, dirá um telespectador de visão semelhante à de Aderaldo Ferreira de Araújo, o Cego Aderaldo que nasceu no Crato em 1878 e popularizou-se como poeta. Paisano, o comportamento dos apitadores não se limita aos estádios. Qualquer campinho de várzea tem o seu Pol Pot, aquele cacique cambojano anti-intelectual que tantos patrícios mandou para o andar de cima. E é esse o caroço da questão – o anti-intelectualismo. Ditador que se preze, odeia, odeia conhecimento ou qualquer outra coisa que lembre a simples arte de botar a cabeça para funcionar. Cospe veneno quando é questionado. Xinga a mãe, caso a louca invente de perguntar o que o levou a esse ou aquele dele.
Os sopradores de apito, na graaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaande maioria, detestam futebol arte, futebol de qualidade, de talento. O jogador habilidoso leva bordoada durante toda uma partida, sai quinhentas vezes de campo para receber atendimento médico e a “otoridade” não está nem aí. Pancadaria faz os olhos de um árbitro nazi-fascista delirar de prazer. Agora se um boleiro, dos campinhos de peladas ao São Januário, tentar entender as imbecilidades de um soprador de apito... Braço estendido para o alto. Cartão para o questionador. Claro que tem jogadores mal educados. Tem, contudo, muita gente capaz de conversar meia hora com a rainha da Inglaterra sem cometer uma mísera gafe. Questionar, esse é o verbo maldito para um Czar do futebol. Perguntou, quis saber, punição nele. E como os apitadores não precisam se explicar após um show de lambanças, saem de cena como se fossem deuses.
De segunda a domingo tem futebol brasileiro na TV. Os exemplos de autoritarismo invadem nossos lares. Até quando aceitaremos esses discípulos de Mussolini proibindo o diálogo? Que se dane o futebolzinho raquítico que jogamos e vemos os profissionais jogarem. O que me preocupa é a proliferação de atitudes arbitrárias. Isso se propaga pelo ar. Acostumamos-nos com esses mandões e daqui a pouco não questionaremos nem quando disserem que existe político honesto.
Os sopradores de apito, na graaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaande maioria, detestam futebol arte, futebol de qualidade, de talento. O jogador habilidoso leva bordoada durante toda uma partida, sai quinhentas vezes de campo para receber atendimento médico e a “otoridade” não está nem aí. Pancadaria faz os olhos de um árbitro nazi-fascista delirar de prazer. Agora se um boleiro, dos campinhos de peladas ao São Januário, tentar entender as imbecilidades de um soprador de apito... Braço estendido para o alto. Cartão para o questionador. Claro que tem jogadores mal educados. Tem, contudo, muita gente capaz de conversar meia hora com a rainha da Inglaterra sem cometer uma mísera gafe. Questionar, esse é o verbo maldito para um Czar do futebol. Perguntou, quis saber, punição nele. E como os apitadores não precisam se explicar após um show de lambanças, saem de cena como se fossem deuses.
De segunda a domingo tem futebol brasileiro na TV. Os exemplos de autoritarismo invadem nossos lares. Até quando aceitaremos esses discípulos de Mussolini proibindo o diálogo? Que se dane o futebolzinho raquítico que jogamos e vemos os profissionais jogarem. O que me preocupa é a proliferação de atitudes arbitrárias. Isso se propaga pelo ar. Acostumamos-nos com esses mandões e daqui a pouco não questionaremos nem quando disserem que existe político honesto.
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