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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Convite aos estudantes e simpatizantes


     Aproveitando a onda do “xô polícia”, conclamo aqui a classe estudantil a mais um movimento democrático, educativo e panfletista. E espero que os alunos de seja lá o que for que ora lêem este post saibam ao menos o significado de conclamo. Teve um colega meu na faculdade de jornalismo que botou em um texto três ou quatro palavras diferentes de comida, bebida, sexo e droga. Metade da turma não entendeu o contexto, dez por cento sacou o texto e só ele mesmo ateve-se ao subtexto. Não é à toa que uma pesquisa divulgou que “os estudantes de Comunicação Social têm pior desempenho na escrita do que os universitários da área de exatas, como engenharia, por exemplo”. Um teste feito com acadêmicos de cursos diversos incluía um ditado com 30 palavras e admitia até seis vacilos. 65,5% dos alunos de Comunicação foram reprovados. É que as palavras eram quase que desconhecidas para a maioria deles. Vou citar cinco das tinhosas: desajeitado, autorizar, exceção, seiscentos e anexo. Então, para evitar desconfortos vernaculares, explico antecipadamente que “conclamo” vem do verbo conclamar - bradar ou clamar protestando contra ou reivindicando algo. Vamos à minha proposta.

     Ontem, no jogo do Vasco da Gama contra o Universitário do Peru, trocentos policiais militares entraram em campo para evitar uma briga generalizada entre os atletas. Numa cidade violenta como o Rio de Janeiro o lugar da polícia não é a rua? Clubes, jogadores e empresários não deveriam cuidar da segurança em seus estádios, já que são eles os que enchem o bolso com a dinheirama jorrada nos negócios e negociatas futebolísticas? Vamos lá, estudantes do Brasil, vamos pedir a expulsão da PM do campo. Onde já se viu isso? Enquanto a população é depenada, os policiais cuidam do interesse dos clubes de futebol. E será uma manifestação fácil de ser feitas pelos estudantes. Até os alunos de jornalismo poderão participar. Coloquem faixas com palavras de ordem e pronto. Mesmo erradas, todos vão entender. “Chô puliça” vale. Só não vale pedir para a cocaína entrar em campo. No gramado, no máximo o craque.

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