Ninguém fala em outra coisa, aqui no Brasil: é só Rio, Rio, Rio. E não fugirei à regra. Não é, porém, da Cidade Maravilhosa que farei referência. Não, é ao teu Rio de Janeiro, ao meu e ao nosso Rio. Antes te pergunto: Como é que os morros cariocas chegaram à situação em que estão? Se você viu televisão, leu jornal ou escutou rádio, sabe que foi devido a ausência do poder público. Sem o mando do Estado, os traficantes ditaram as regras. E como é em nossas casas?
Outro dia eu estava assistindo a um programa televisivo de domingo à noite e me apareceu uma família moderna. Uma mãe com três ou quatro filhos. O pai, que não é bobo nem nada, saiu pela tangente. No máximo paga uma pensãozinha. E muitos deles não dá mais um tostão quando o filho completa a maioridade. A mãe que se vire. Chamou minha atenção uma das filhas, por volta dos 15 anos, que estava com o namorado. Ela frisou que a não aceitava a mãe colocar um namorado dentro de casa. E a mãe, idiota, ficou mostrando os dentes. Enquanto isso, a pirralha estava com o namorado no sofá. Ou seja, a mãe que paga as contas não manda na casa, quem manda é uma babaquinha que ainda nem perdeu o odor das fraudas. E na tua casa, como é?
Dia desses um rapaz, que mora com a mãe, disse que acha normal mandar a genitora tomar no “pi”. Outro, que mora com o pai, afirmou que já mandou o velho para a pqp. O que é isso? É inversão, meu chapa. Quem deveria ter o domínio no lar perdeu o pulso. O despreparado, o desmiolado, assumiu o comando. E o resultado? O resultado podemos acompanhar nos jornais diários. Aproveitando a deixa, será que não é hora de pais e mães retomarem o controle de seus morros?
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