Chama-se Matos Costa. Capitão
Matos Costa. Não vou mentir, ele não é nem um Alain Delon. Está longe até de
ser um DiCaprio. Aproxima-se de um Grande Otelo, apesar de não ser afrodescendente.
Tivesse o chifrudo nascido dez minutos depois, seria apenas dois olhos. Dois enormes
olhos. Pesa pouco mais de cem quilos. Para quem tem um ano, apenas, não é um
caso perdido. O Jersey é assim mesmo. É maior do que um espirro de gato, sim. É
calmo, pelo menos. Mais um traço do gado proveniente das ilhas Jersey. E é puro,
o danado. Chegou para comandar os quadrúpedes do Três Platôs. Assumiu o posto
que pertencia ao Coronel Gerineldo Márquez. Recebeu o nome de Matos Costa em
homenagem ao Capitão do exército brasileiro que defendeu os revoltosos da
Guerra do Contestado no sertão catarinense dos anos 1910. O Matos Costa chifrudo,
assim como foi o fardado, é um pacifista. Se bem que teve um embate violento
com Jipão. Briga pelo poder, ressalve-se. Lamento profundamente o Jornal
Nacional não ter divulgado a chegada de Matos Costa ao sítio. Preferiu contar
coisas que não interessam aos brasileiros – conflito na Líbia, por exemplo. Até
porque não temos ao menos como averiguar se essas histórias são verdadeiras. Há
quem jure de pés juntos que é tudo uma farsa para manipular os incautos
telespectadores. Euzinho aqui, que não quero correr o risco de permitir que
coloquem inverdades na minha cachola, há muito deixei de assistir telejornais. Prefiro
coisas mais reais, mais próximas da minha realidade, mais comprováveis. O
início do reinado de Matos Costa no Três Platôs, por exemplo.
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