Cento e vinte e dois anos
de República,
Em novembro o Brasil vai
celebrar.
O governo do povo, pelo
povo e para o povo,
Na verdade foi um golpe
militar.
Como narrou Aristides,
Então cronista do Diário
Popular,
O povo assistiu
bestializado, atônito e surpreso
O império naufragar.
Trouxe Deodoro a República
Embora ele mesmo se dissesse
monarquista.
Menos de um ano depois, o
Marechal foi descartado
E Floriano Peixoto se tornou o
maquinista.
Princesa Isabel, Conde D’Eu
e Pedro Segundo
Foram chutados daqui.
Três poderes logo surgiram
Deixando espaço para um
quarto que viria em seguir.
Engana-se quem pensa ser
A imprensa a quarta força.
Isso foi no tempo de Chatô
No tempo de noiva moça.
Vinte e um advogados
comandaram a nação,
Nesses cento e vinte e
dois anos
Passados da proclamação.
Fica claríssimo pra mim
Só não sei se pra você.
O quarto poder, no Brasil
Quem ocupa é a OAB.
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