Ontem à noite estive no encerramento da Primeira Semana Catarinense de Jornalismo, promovida pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. O palestrante foi o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murillo de Andrade. O cerne do assunto foi a exigência, ou não, do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Até aí tudo bem, mas ocorreram algumas coisas vergonhosas.
Alunos eram apagadinhos, apagadinhos
Preste bem atenção no termo que eu usei: aluno. Aluno, nesse caso, bem que podia ser considerado um ser que não tem luz. Eu sei, eu sei, o estudo etimológico da palavra esclarece que não é isso. Mas, volto a dizer, os alunos aos quais me refiro eram apagadinhos, apagadinhos. Outra coisa, não sabiam fazer perguntas. Estudantes de jornalismo que ainda não aprenderam a formular uma desgraçada pergunta, sequer! Meu Deus! Você pode estar pensando: por isso eles estão na faculdade, para aprender. Ótimo, nesse caso a emenda fica pior do que o soneto. Se não sabem perguntar, por que o fazem com tanta arrogância? É, foi bem isso, pareciam que estavam diante do mais lacaio dos serviçais.
Outra coisa que me chamou a atenção, chamou não, gritou nos meus escutadores de música, foi a ignorância de alguns. Como falei, estava em pauta a decisão do STF de cassar o diploma de jornalismo. Sérgio Murillo explicou com todas as letras a batalha travada entre a FENAJ e os "senhores" da imprensa brasileira. Teve alguns presentes que não sabiam patavinas do que estava sendo debatido. Em suas perguntas, a maioria delas vazias, revelavam total desconhecimento da discussão. Não se aprofundaram no debate, preferiram nadar na superfície da questão à megulhar na imensidão da realidade.
Deveriam ter feito perguntas inteligentes
E o desacato ao coordenador do curso, Jornalista Paulo Scarduelli? Eu não quero entrar no mérito de quem está certo ou quem está errado, eu critico a forma moleque que alguns se posicionaram. É isso mesmo, moleque. Se queriam "espetar" alguém, que o fizessem com perguntas inteligentes. Se fosse eu o palestrante teria pedido licença e me retirado. E ainda soltaria os cachorros, ou melhor, o cachorro, o Sheid. Brincadeira, eu não iria expor meu mascote àquelas feras.
Sejamos sincero, é esse tipo de comportamento que esperamos de futuros profissionais? Em determinado momento pedí ao mediador do debate que moralizasse o ambiente. E, ainda bem, ele o fez. Ao término fiquei feliz, de verdade, fiquei feliz porque Sérgio Murillo conduziu o tema com a sabedoria e a calma que são próprias de quem conhece o assunto. Foi aplaudido pela maioria, grande maioria, diga-se de passagem, com bater de palmas que calaram a voz dos dissidentes. O conhecimento venceu, mas saiu arranhado.
Olá meu caro,
ResponderExcluirGostei de seu comentário. Aprecio a naturalidade, desenvoltura e originalidade na exposição dos fatos.
Um abraço,
Fernando Manoel
Extremamente constrangedora é como definiria a noite de ontem! Mas ainda assim defendo o direito de expressão de alguns colegas, ainda que os mesmos não façam bom proveito disso.
ResponderExcluirAbraço
Otima colocação, isso não só acontece em palestras como em sala de aula também, há um descaso com tudo que é passado. Para que aprofundar, diz alguns...
ResponderExcluirabraço
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