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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Estudantes não sabem perguntar e tentam ridicularizar jornalistas

E aí, beleza?

Ontem à noite estive no encerramento da Primeira Semana Catarinense de Jornalismo, promovida pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. O palestrante foi o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murillo de Andrade. O cerne do assunto foi a exigência, ou não, do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Até aí tudo bem, mas ocorreram algumas coisas vergonhosas.

Exatamente, vergonhosas. Alguns acadêmicos não esperaram que o palestrante terminasse a fala, para abrir às perguntas. Em primeiro lugar: total falta de educação. Isso mesmo, falta de educação. O Sheid, meu cachorro, escuta quando a gente fala com ele. É um cão bem adestrado. Ainda bem que ele não estava lá. Já pensou, eu ter que explicar para o animal que a platéia era composta, na sua maioria, por alunos de comunicação social?


Alunos eram apagadinhos, apagadinhos


Preste bem atenção no termo que eu usei: aluno. Aluno, nesse caso, bem que podia ser considerado um ser que não tem luz. Eu sei, eu sei, o estudo etimológico da palavra esclarece que não é isso. Mas, volto a dizer, os alunos aos quais me refiro eram apagadinhos, apagadinhos. Outra coisa, não sabiam fazer perguntas. Estudantes de jornalismo que ainda não aprenderam a formular uma desgraçada pergunta, sequer! Meu Deus! Você pode estar pensando: por isso eles estão na faculdade, para aprender. Ótimo, nesse caso a emenda fica pior do que o soneto. Se não sabem perguntar, por que o fazem com tanta arrogância? É, foi bem isso, pareciam que estavam diante do mais lacaio dos serviçais.

Outra coisa que me chamou a atenção, chamou não, gritou nos meus escutadores de música, foi a ignorância de alguns. Como falei, estava em pauta a decisão do STF de cassar o diploma de jornalismo. Sérgio Murillo explicou com todas as letras a batalha travada entre a FENAJ e os "senhores" da imprensa brasileira. Teve alguns presentes que não sabiam patavinas do que estava sendo debatido. Em suas perguntas, a maioria delas vazias, revelavam total desconhecimento da discussão. Não se aprofundaram no debate, preferiram nadar na superfície da questão à megulhar na imensidão da realidade.


Deveriam ter feito perguntas inteligentes


E o desacato ao coordenador do curso, Jornalista Paulo Scarduelli? Eu não quero entrar no mérito de quem está certo ou quem está errado, eu critico a forma moleque que alguns se posicionaram. É isso mesmo, moleque. Se queriam "espetar" alguém, que o fizessem com perguntas inteligentes.  Se fosse eu o palestrante teria pedido licença e me retirado. E ainda soltaria os cachorros, ou melhor, o cachorro, o Sheid. Brincadeira, eu não iria expor meu mascote àquelas feras.

Sejamos sincero, é esse tipo de comportamento que esperamos de futuros profissionais? Em determinado momento pedí ao mediador do debate que moralizasse o ambiente. E, ainda bem, ele o fez. Ao término fiquei feliz, de verdade, fiquei feliz porque Sérgio Murillo conduziu o tema com a sabedoria e a calma que são próprias de quem conhece o assunto. Foi aplaudido pela maioria, grande maioria, diga-se de passagem, com bater de palmas que calaram a voz dos dissidentes. O conhecimento venceu, mas saiu arranhado.

3 comentários:

  1. Olá meu caro,

    Gostei de seu comentário. Aprecio a naturalidade, desenvoltura e originalidade na exposição dos fatos.

    Um abraço,

    Fernando Manoel

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  2. Extremamente constrangedora é como definiria a noite de ontem! Mas ainda assim defendo o direito de expressão de alguns colegas, ainda que os mesmos não façam bom proveito disso.
    Abraço

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  3. Otima colocação, isso não só acontece em palestras como em sala de aula também, há um descaso com tudo que é passado. Para que aprofundar, diz alguns...
    abraço
    e olha vai lá no www.floripacultura.com
    já esta na hora de clicar o botao seguir.

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