Gabriela

          Hoje é o dia do aniversário da minha princesa, Gabriela. Coincidentemente também é o meu. Por isso não vou postar uma crônica, não vou protestar contra coisa nenhuma, nem quero lembrar do jogo do Fluminense, ontem. Vou disponibilizar para você, leitor, a poesia que fiz para ela. Eu costumo dizer que todo ano, no dia do meu aniversário, recebo o mesmo presente de Deus. Se eu viver duzentos anos quero receber a mesma dádiva. Hoje é o vigésimo primeiro aniversário da Gabi. Vinte e um presentes que recebo exatamente iguais. Todos os anos, no dia três de dezembro, agradeço a Deus pelo presente que ele me deu: Gabriela.

Gabriela

Você não tem como lembrar
Mas eu jamais hei de esquecer!
Um pedacinho de pessoa,
Um esboço de sorriso iluminando quem estava ao lado
Dois minúsculos olhinhos de pureza infinda,
E uma dependência total de quem te segurava.


Talvez você lembre
Mas eu jamais hei de esquecer!
Passinhos curtos rumo ao novo,
Quatro cabelos aloirados em movimento,
Zangas pueris que embelezavam,
E um enorme abraço de pequeninos braços.


É, você deve lembrar
Mas eu jamais hei de esquecer!
Descobertas de um mundo em desalinho,
Indo embora, to chegando, tchau, vou indo.
Bem vinda, estás vivendo és operante.
Olhos, passos, cabelos e braços a te nortear.


Não deu tempo ainda de você esquecer
És alguém, que quer bem, que sabe ser
Que o amor visitou ao ver nascer,
De quem eu tive a sorte de poder,
Estar perto, ver crescer, ter ligação,
De amar, como um pai, ter devoção.