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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sabrina Sato: Personalidade do Ano na TV

          Há dez anos a Editora Três premia os brasileiros do ano. Segundo o olho da Editora, óbvio. Pois bem, 2009 teve seus 16 laureados no último dia sete. Entre empresários, artistas e políticos uma sumidade me chamou atenção: Sabrina Sato. A “Japa” ganhou o troféu de apresentadora e personalidade do ano na televisão. Calma, tome um copo de água com açúcar. Relaxe, respire e conte até dez. Peço desculpas, leitor, por ter sido tão direto. Mas, cá entre nós, personalidade do ano... Sabrina Sato...

          Se você não teve o prazer, ou o desprazer, de ler a Istoé, transcreverei a chamada da matéria feita pela revista: “Em clima de otimismo, Editora Três entrega prêmio Brasileiro do Ano 2009 àqueles que ajudam o país a ser uma potência mundial”. Não estou brincando, a ex-bbb – tudo com letra minúscula – levou o país a ser uma potência mundial! Lógico que ela não fez isso sozinha. A moça contou com um apoio de peso: o “Fenômeno”, Personalidade do Ano no Esporte. No ano em que a crise econômica mundial causou estragos nas finanças de muitos reinos Ronaldo deu uma aula de superação. Depois de ter ido parar em uma delegacia com alguns travestis, de não querer enfrentar o Flamengo – time que torce – para ajudar a equipe carioca a ser campeã, além de noitadas que o deixaram magrinho feito um hipopótamo, ele superou tudo e mereceu o troféu.

          Agora estou mais tranqüilo, marolinha nenhuma vai parar o Brasil. Temos dois esteios que não permitirão que o país balance: Sabrina e Ronaldo. Atenção pais e mães: colem fotos da dupla nos quartos dos seus filhos. Gravem as entrevistas dessas duas celebridades e forcem as crianças a assistir, ouvir e assimilar cada palavra desses cidadãos do ano. Os filhos de vocês precisam seguir o exemplo dessas duas capacidades. Uma coisa nós temos que admitir: Sabrina Sato merece. Claro, ela lutou muito para conseguir. Afinal, você iria para um programa de tv e transaria com um estranho na frente das câmeras? Tudo bem que foi debaixo dos cobertores, mas você faria? Mesmo sem saber conjugar o verbo “ser”, você se atreveria a falar em rede nacional para todo o Brasil? Então, a Japa teve peito para se expor. Não só peito, evidente.

          O Sheid, meu cachorro, me perguntou se a Rita Cadilac participou da disputa. Eu disse que não, que o prêmio é uma coisa séria. Como ele é um cachorro muito incoveniente pediu para eu citar os nomes dos premiados, bem como quem estava no palco, na hora da entrega dos troféus. Falei que o presidente do STF, Gilmar Mendes estava. O Sheid indagou: mas não foi ele que acabou com a obrigatoriedade do diploma de nível superior para os jornalistas? Isso mesmo, respondi. Disse que o ministro das Minas e Energia, Édson Lobão também estava lá. Aí o Sheid, como todo chato, foi logo alfinetando: por isso não fiquei sabendo nada sobre essa festa, eu sou cachorro, não burro.


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