Aconteceu em uma sala de aula do curso de jornalismo. Onde? Aqui em Florianópolis. O professor exibiu o filme “Uma onda no ar”, que conta a história de quatro amigos dispostos a criar uma rádio. Tem um problema: eles moram na favela e querem uma rádio para levar aos ouvintes a voz da comunidade. Surge assim a Rádio Favela. A ideia do professor era promover uma discussão sobre os problemas sociais refletidos no filme. Mas alguns alunos demonstraram total desconhecimento do assunto. Quando o professor disse que a televisão brasileira limita, e muito, o espaço destinado ao negro, uma futura jornalista saiu-se com esta:
- No Fantástico tinha aquela negra.
Mas a forma que a moça falou foi de total desprezo com Glória Maria. O riso foi geral. Não havia um negro sequer na sala.
Um aluno presente questionou o preconceito da estudante. Perguntou se ela admitia que tal declaração fosse filmada. Lamentável saber que os futuros jornalistas são incapazes de fazer uma leitura mais aprofundada dos desequilíbrios sociais da nação. Lamentável saber que esses moços e moças tenham uma visão tão medíocre das distorções sociais que presenciamos. Lamentável.
- No Fantástico tinha aquela negra.
Mas a forma que a moça falou foi de total desprezo com Glória Maria. O riso foi geral. Não havia um negro sequer na sala.
Um aluno presente questionou o preconceito da estudante. Perguntou se ela admitia que tal declaração fosse filmada. Lamentável saber que os futuros jornalistas são incapazes de fazer uma leitura mais aprofundada dos desequilíbrios sociais da nação. Lamentável saber que esses moços e moças tenham uma visão tão medíocre das distorções sociais que presenciamos. Lamentável.
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