Dizem que os homens são mais fofoqueiros do que as mulheres. Não sei se é verdade. Que são mais invejosos, sei que são. Sempre desconfiei da inveja masculina. Nós, homens, adoramos botar essa pecha nas mulheres. Afirmamos com a convicção própria dos mentirosos, que o sexo feminino é invejoso, mexeriqueiro e “otras cositas más”. Quanto à inveja, entretanto, o Zuenir Ventura apresenta, no livro Mal Secreto, dados incontestes de que o homem é o supremo dominador do assunto. Até porque o homem vem comandando o planeta há séculos. Cá entre nós, a história da humanidade é puro conflito de interesse entre ditadores invejosos. Voltemos à fofoca. Será que no quesito fofoca os marmanjos também ganham da mulherada?
Outro dia estava caminhando no Centro de Florianópolis quando ouvi – pasme, paisano! – no meio do burburinho dos passantes umas vozes mais destacadas. O vozerio grave denunciava que as cordas vocais emitidoras dos sons eram de varões. Não tinha como ignorar o que estava sendo dito. Um deles praticamente berrava. Agucei os escutadores de MPB e percebi que falava mal de uma colega de trabalho. “Não confio nela. E acho que vocês tem que ficar espertos”, bradava. Curioso, como sou, dei uma olhada na patota de fofoqueiros e identifiquei um deles. Era gerente de um banco conhecido em todo Brasil e até no exterior. Não vou revelar o banco porque tenho muitos amigos que trabalham na instituição. Estavam todos de terno e gravata. Eram cinco. Não tinha nem um novinho, não. Havia também uma representante das mulheres.
Uma mulher e cinco homens? É porque no banco em destaque a mulher não tem vez. Você não vai encontrar, mesmo que procure muito, senhoras ocupando o alto escalão da empresa. No máximo elas chegam a gerente. Daí em diante é clube do bolinha. A mulher que vi limitou-se a ficar de boca fechada. Dei uma paradinha em frente ao bando e escutei mais umas baboseiras. Os infelizes criticavam a colega como se estivessem se banqueteando numa farta mesa. O cara que reconheci me olhou e ficou desconfiado. Meneei a cabeça e fui embora. Como homem fiquei humilhado. Aonde já se viu, fofocar no meio da rua. Já pensou se algum conhecido da vítima passasse na hora da fofocalhada? Como cantou o poeta Bezerra da Silva: "Fofoca pra mulher é feio. Pra barbado é pior, podes crer".
Outro dia estava caminhando no Centro de Florianópolis quando ouvi – pasme, paisano! – no meio do burburinho dos passantes umas vozes mais destacadas. O vozerio grave denunciava que as cordas vocais emitidoras dos sons eram de varões. Não tinha como ignorar o que estava sendo dito. Um deles praticamente berrava. Agucei os escutadores de MPB e percebi que falava mal de uma colega de trabalho. “Não confio nela. E acho que vocês tem que ficar espertos”, bradava. Curioso, como sou, dei uma olhada na patota de fofoqueiros e identifiquei um deles. Era gerente de um banco conhecido em todo Brasil e até no exterior. Não vou revelar o banco porque tenho muitos amigos que trabalham na instituição. Estavam todos de terno e gravata. Eram cinco. Não tinha nem um novinho, não. Havia também uma representante das mulheres.
Uma mulher e cinco homens? É porque no banco em destaque a mulher não tem vez. Você não vai encontrar, mesmo que procure muito, senhoras ocupando o alto escalão da empresa. No máximo elas chegam a gerente. Daí em diante é clube do bolinha. A mulher que vi limitou-se a ficar de boca fechada. Dei uma paradinha em frente ao bando e escutei mais umas baboseiras. Os infelizes criticavam a colega como se estivessem se banqueteando numa farta mesa. O cara que reconheci me olhou e ficou desconfiado. Meneei a cabeça e fui embora. Como homem fiquei humilhado. Aonde já se viu, fofocar no meio da rua. Já pensou se algum conhecido da vítima passasse na hora da fofocalhada? Como cantou o poeta Bezerra da Silva: "Fofoca pra mulher é feio. Pra barbado é pior, podes crer".
Nenhum comentário:
Postar um comentário