Nasceu Mosab. É manhã de sábado, acordo com os raios do astro rei, e com o cheiro de pão que vem do andar de baixo. A janela do quarto está desprotegida. A cortina havia sido presa propositadamente na noite anterior. As frinchas das nuvens alargavam-se aos poucos e permitiam que a luz solar entrasse sorrateira no aposento. O piso de madeira do espaço onde acabo de abrir os olhos não é obstáculo para a fragrância que sai da panificadora elétrica. As partículas odoríferas parece que sobem as escadas, caminham pelo cômodo e gritam nas minhas narinas. Pão fresquinho e sol. Acordo. Antes de levantar da cama, espio pela vidraça e vejo uma criatura saltitando no morro. Parece um pedacinho de nuvem branca que despencou do céu.
Tem mãe, tem pai, mas não tem nome. O parto deve ter sido de quinta para sexta. Percebo pela maneira que ele anda. Não há firmeza em seus passos. Apesar do frio, levanto-me e tomo banho. Tomamos um café da manhã e resolvemos caminhar. A essas alturas o céu está azul. Os últimos resquícios de cerração se foram. Manhã perfeita para esticar as pernas e melhorar o preparo físico. Antes, preciso dar uma examinada no recém-nascido. A mãe dele é a ovelha mais mansa do sítio. O pequenino comporta-se como ela e deixa que passemos a mão nele. Surge a dúvida: como chamá-lo? Penso em Sultan Khan, aquele personagem do livro O Livreiro de Cabul. Reprimo logo a ideia. Uma criatura tão pura e cândida não merece carregar o nome de um cara tão hostil e avarento. Adio a escolha.
Após o almoço começo a ler outro livro. Diga-se de passagem, que não há coisa melhor para fazer, enquanto a cachoeira faz um fundo musical, do que ler um bom livro. E sempre carrego um comigo. Filho do Hamas é minha leitura. Trata-se da história de um palestino que se tornou espião do Shin Bet, o serviço de inteligência interno de Israel. Mosab Hassan Yousef, o centro do livro, é filho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores do grupo terrorista Hamas. Ao completar 18 anos, Mosab é preso pelo exército israelense. Convencido pelos judeus, trabalha 10 anos como espião. Depois de se converter ao cristianismo, pede para ser exilado nos Estados Unidos. O livro é um duro golpe no fundamentalismo mulçumano. Com um pouco menos de trezentas páginas, e custando cerca de trinta reais, o livro da editora sextante é uma ótima pedida para quem tem curiosidade acerca das questões que envolvem a disputa entre Israelitas e Palestinos.
Terminei a leitura do livro e fui pesquisar na internet a respeito do que acabara de ler. Assisti alguns vídeos sobre Mosab, li artigos e reportagens, inclusive do jornal Haaeretz – de Israel. Conferi a existência dos personagens, porque sou igual goiano: gosto de pegar para saber se o trem é bom. Gostei do Mosab. Como costumo batizar meus animais com nomes de personagens dos livros que leio, resolvi chamar o cordeirinho de Mosab.
Tem mãe, tem pai, mas não tem nome. O parto deve ter sido de quinta para sexta. Percebo pela maneira que ele anda. Não há firmeza em seus passos. Apesar do frio, levanto-me e tomo banho. Tomamos um café da manhã e resolvemos caminhar. A essas alturas o céu está azul. Os últimos resquícios de cerração se foram. Manhã perfeita para esticar as pernas e melhorar o preparo físico. Antes, preciso dar uma examinada no recém-nascido. A mãe dele é a ovelha mais mansa do sítio. O pequenino comporta-se como ela e deixa que passemos a mão nele. Surge a dúvida: como chamá-lo? Penso em Sultan Khan, aquele personagem do livro O Livreiro de Cabul. Reprimo logo a ideia. Uma criatura tão pura e cândida não merece carregar o nome de um cara tão hostil e avarento. Adio a escolha.
Após o almoço começo a ler outro livro. Diga-se de passagem, que não há coisa melhor para fazer, enquanto a cachoeira faz um fundo musical, do que ler um bom livro. E sempre carrego um comigo. Filho do Hamas é minha leitura. Trata-se da história de um palestino que se tornou espião do Shin Bet, o serviço de inteligência interno de Israel. Mosab Hassan Yousef, o centro do livro, é filho do xeique Hassan Yousef, um dos fundadores do grupo terrorista Hamas. Ao completar 18 anos, Mosab é preso pelo exército israelense. Convencido pelos judeus, trabalha 10 anos como espião. Depois de se converter ao cristianismo, pede para ser exilado nos Estados Unidos. O livro é um duro golpe no fundamentalismo mulçumano. Com um pouco menos de trezentas páginas, e custando cerca de trinta reais, o livro da editora sextante é uma ótima pedida para quem tem curiosidade acerca das questões que envolvem a disputa entre Israelitas e Palestinos.
Terminei a leitura do livro e fui pesquisar na internet a respeito do que acabara de ler. Assisti alguns vídeos sobre Mosab, li artigos e reportagens, inclusive do jornal Haaeretz – de Israel. Conferi a existência dos personagens, porque sou igual goiano: gosto de pegar para saber se o trem é bom. Gostei do Mosab. Como costumo batizar meus animais com nomes de personagens dos livros que leio, resolvi chamar o cordeirinho de Mosab.
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