Estou decepcionado. Não, estou arrasado. Eu e alguns amigos que tenho aqui em Floripa. Sábado, em nosso futebol para experientes, o desconsolo era geral. Nem meu amigo Simões, gaúcho velho da fronteira, comemorou os gols que fez, tamanho era o baixo astral do camarada. Pernambuco, a gentileza em forma de zagueiro, parece que teve contido o ímpeto em massagear as canelas do adversário com a sola da chuteira. Nem Ivan, o demolidor, teve seus momentos de fominhagem. Fez lá suas jogadas, gols e dribles. Tudo, entretanto, em nome da coletividade que exige o consagrado esporte bretão. Ivan era o retrato de um homem brasileiro aviltado em sua honra. Apesar do sol que presenteava a ilha de Santa Catarina, o campo na beira do mar parecia envolto em um manto enfumaçado. O manto da injúria.
Os peladeiros corriam atrás da bola como se nunca a tivessem visto. É bem verdade que alguns, que não citarei o nome para não ser inconveniente, realmente não tem muita intimidade com a pelota. Todos, sem exceção, arrastavam-se na grama sintética. Nem Rivelino, que mais parece uma vuvuzela de tanto reclamar, abria a boca. Só para respirar, vale dizer. O apito do árbitro mais lembrava um miado de um gato triste que foi abandonado pele dono em uma noite chuvosa. E olhe, simpatia, que tem muita gente egoísta que compra um bichano para servir de companhia, e quando se desinteressa pelo felino, coloca-o dentro do carro, leva-o até um lugar distante e desfaz-se do coitado. Depois vai tomar cerveja como se não tivesse cometido um crime.
Falando em gato, nós, os gatões amadurecidos pelo tempo – como o tempo passa, meu Deus! – estávamos todos cabisbaixos. Eu diria que até envergonhados. E abro meu coração para falar em nome de todos meus companheiros traumatizados. Um semanário tupiniquim elegeu o homem mais sexy do ano. Não é que o Reynaldo Gianecchine levou o título!? Como é que Moacir, o grande lateral da AABB, vai explicar um troço desses em casa? Gianecchine, que nem cabelo no peito tem? Que nem pode fazer cara de mal porque o rosto parece a bunda de um bebê! Venhamos e convenhamos, nós, os bonitões grisalhos do futebol fomos insultados em nossa macheza. Fomos boicotados pela revista. Aonde já se viu! Se a eleição tivesse ocorrido na beira do campo e com a participação do time dos coroas esse tal de Gianecchine não teria tido a menor chance.
Mais sexy do que ele tem, além dos que já citei, Henrique, Barbieri, Sodré, Cesinha, e outros mal-acabados. Por isso o clima no futebol foi de enterro. Enterro da honra, da masculinidade e da moral. Ora, ora, perder para o Gianecchine.
Os peladeiros corriam atrás da bola como se nunca a tivessem visto. É bem verdade que alguns, que não citarei o nome para não ser inconveniente, realmente não tem muita intimidade com a pelota. Todos, sem exceção, arrastavam-se na grama sintética. Nem Rivelino, que mais parece uma vuvuzela de tanto reclamar, abria a boca. Só para respirar, vale dizer. O apito do árbitro mais lembrava um miado de um gato triste que foi abandonado pele dono em uma noite chuvosa. E olhe, simpatia, que tem muita gente egoísta que compra um bichano para servir de companhia, e quando se desinteressa pelo felino, coloca-o dentro do carro, leva-o até um lugar distante e desfaz-se do coitado. Depois vai tomar cerveja como se não tivesse cometido um crime.
Falando em gato, nós, os gatões amadurecidos pelo tempo – como o tempo passa, meu Deus! – estávamos todos cabisbaixos. Eu diria que até envergonhados. E abro meu coração para falar em nome de todos meus companheiros traumatizados. Um semanário tupiniquim elegeu o homem mais sexy do ano. Não é que o Reynaldo Gianecchine levou o título!? Como é que Moacir, o grande lateral da AABB, vai explicar um troço desses em casa? Gianecchine, que nem cabelo no peito tem? Que nem pode fazer cara de mal porque o rosto parece a bunda de um bebê! Venhamos e convenhamos, nós, os bonitões grisalhos do futebol fomos insultados em nossa macheza. Fomos boicotados pela revista. Aonde já se viu! Se a eleição tivesse ocorrido na beira do campo e com a participação do time dos coroas esse tal de Gianecchine não teria tido a menor chance.
Mais sexy do que ele tem, além dos que já citei, Henrique, Barbieri, Sodré, Cesinha, e outros mal-acabados. Por isso o clima no futebol foi de enterro. Enterro da honra, da masculinidade e da moral. Ora, ora, perder para o Gianecchine.
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