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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Noel e o Fluminense

O Natal está aí. Não tenho como fugir do velhinho. O sacudo mascote do Internacional chegou com força. Ressurgiu do escritório publicitário onde passa o ano inteiro criando estratégias para fazer os mortais se endividarem. E nisso o malfado é fera. Ora, muito antes - e bota antes nisso – dos cientistas clonarem a ovelha Dolly, o aposentado já fazia suas aparições simultâneas nos continentes. E qual era a técnica usada por ele? A clonagem. Na áfrica, onde a população é sabidamente negra, ele aparece com a brancura dos povos “superiores”. Na América Latina não importa se os moradores são desdentados ou moram em favelas, Noel se apresenta com um sorriso de quem acabou de utilizar a mais moderna técnica de clareamento dental. Até no Oriente Médioo danado do velhinho tem a audácia de marcar presença. Tenho certeza que foi o safado do Noel quem inspirou os cientistas a entrarem pelo caminho da clonagem.

Eu disse que Noel foi audacioso em dar as caras no Oriente Médio porque até um estudante universitário brasileiro sabe que foi lá que Jesus Cristo nasceu. E, venhamos e convenhamos, se o Natal é para comemorarmos o nascimento do menino-Deus, pelo menos no Médio Oriente Noel tinha que ser desmascarado. Não, ninguém ousa enfrentar o alvirrubro. Desconfio que ele tem parceria com a CIA, com a KGB – se é que ela ainda existe – e com os principais serviços de espionagem do mundo. Sem falar na relação comercial que o safado mantém com federação mundial do comércio. Há quem diga, embora eu tenha sérias dúvidas, que o Vaticano não abre o jogo e conta a verdade sobre Noel porque recebe uma comissão por cada milhão de dólares comercializados nas festas natalinas.

Eu, na minha insignificância, fiz, e faço, alguns protestos. Insisto em berrar que Papai Noel é uma artimanha capitalista para fazer os bobões gastarem o dinheiro que têm e o que ainda vão ganhar. Pouco adianta. Meu discurso formiguinha não vai um metro a diante. Hoje cedo, parei em um semáforo e se aproximou de mim um mendigo travestido de Papai Noel. Fiquei na dúvida. Será que era ele mesmo? Bem, depois que o Fluminense foi campeão brasileiro, tudo pode acontecer, até Noel pedir moedas.

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