Vou te falar, paisano: se tem um ser civilizado no planeta, esse tal é o boi. E quando falo boi, não me refiro ao touro castrado. Não. Isso é para quem é mais conhecedor da lida campeira. Boi, no caso deste post, é o macho da vaca. Aí tem o boi grande, o boi pequeno, o boi cargueiro e o boi de corte. É tudo boi, entretanto. É como homem. Quando se fala em homem não tem essa de heterossexual, homossexual ou torcedor do Flamengo. Homem é homem, como diz o filósofo e cantor cearense Falcão. E boi é boi, independente da crença. A verdade é que o quadrúpede é exemplo de civilidade. Ex-pli-ca-rei.
Olhe, simpatia, uma fila de chifrudos. Eles seguem em passo cadenciado, um após o outro na direção escolhida. Você não verá, nem que a vaca tussa, um boi abestalhadamente parar e atrapalhar os demais. Nada disso. Tu não verás, amizade, um deles no meio de um movimentado calçadão parar abruptamente para observar uma vitrine e quem vir atrás ter que esperar o que o maluco, ou a maluca, quer fazer. Com o boi não tem isso. Um não atrapalha o outro. Um boi não atravessa uma frenética rua com o celular na orelha esquerda. Ele sabe que pode criar problemas para seus pares.
Aprendo, cada dia mais, com os bois. Já pensei, juro que pensei, em sugerir a um deputado federal que eles façam um curral em frente ao Congresso. E vou dar a ideia aos vereadores para criarem um projeto de lei obrigando todos os estudantes da rede pública a visitarem regularmente uma fazenda. Só assim poderemos atingir um estágio satisfatório de civilização.
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