Alfredo Nascimento é um filósofo. Não, um sábio. Isso porque um filósofo nem sempre é um sábio. Um sábio, por sua vez, é sempre um filósofo. Depois de ter sido varrido do ministério dos transportes, pela presidente Dilma, o rapaz voltou ao senado e deixou triste o senhor João Pedro. É que o João, como suplente do potiguar Alfredo, estava ocupando a cadeira do ex-ministro. Tristezas à parte, o senado recebeu, de braços e pernas abertas, aquele que até poucos dias era o homem forte dos transportes brasileiros. Aproveitando os relaxados membros da casa comandada por José Sarney, Nascimento discursou como um Cícero. E vomitou o que todos nós sabemos, mas, feito mulas, insistimos em não querer acreditar: o PR, partido do qual ele faz parte, tem os vícios e virtudes que todos os outros partidos têm. Grande Nascimento, um homem com a coragem e valentia tua teria que ser homenageado, meu chapa. E depois, lógico, preso. E todos os outros políticos também, evidentemente.
Ora, ora, se o cara foi defenestrado por estar envolvido em corrupção - e tudo que é jornal escancara isso - e diz que os partidos possuem o mesmo modo de operar, então o país precisa ser poupados desses senhores. Por outro lado, seria preciso fechar o Senado, a Câmara e até o Palácio do Planalto. De lambuja, prefeitos e vereadores iriam para a sarjeta. E quem iria governar o Brasil? Os militares? Isso, não, pe-la-mor-de-Deus. O judiciário? Credo em cruz. Se bem que há quem diga que os políticos comem na mão do judiciário. Outros acham que comem na mesa. Outros, mais radicais, acreditam que são todos bananas do mesmo cacho. Nascimento, meu filho, por isso te acho um sábio. Seguindo todo um raciocínio lógico, deverias ser rebocado para o Ministério dos Transportes urgentemente. E a corrupção? Essa tem sido nossa companheira desde a chegada de Cabral neste torrão. Que fique tudo como está. Basta que o Flamengo e o Corinthians ganhem hoje.
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