Farelo. Exatamente, farelo. Foi o que rolou nessa páscoa. Nada de ovos de chocolate, coelho, ou álcool. Se bem que, álcool até que teve: duas taças de vinho com queijo e salame de Blumenau. Dividindo por quatro, deu meia taça por dia. Chocolate, nem pensar. Sendo fã de Jesus Cristo, aquele cara que ousou desafiar os religiosos da época lá pelas bandas de Israel, eu não iria me perdoar depois que profanasse a páscoa me empanturrando com ovos de chocolate. O coelho, por sua vez, nem ousou passar perto de mim. O nobre leitor deve saber que páscoa não tem nada a ver com chocolate; e muito menos com coelho. E com ovo? Fala sério, Zé Maria. A páscoa nada mais é do que a celebração da saída dos judeus do cativeiro egípcio. E era comemorada com pães sem fermento e ervas amargas. Essa história é contada no livro de êxodo, o segundo livro da bíblia. E aonde entra o coelho e o chocolate?
Ora, ora, simpatia. É tudo conversa para boi dormir. Não tenho nada contra o feriado, pelo contrário. Principalmente como o último, que rendeu quatro dias de tranqüilidade no sítio. Mas que isso tem a ver com páscoa, ah, não tem não. Alguns religiosos, muito depois de Cristo, inventaram esse papo de coelho e ovo. Estes estão diretamente ligados aos cultos pagãos. Acho que foi uma jogada dos “donos do céu” para arrebanhar mais gente para suas hordas. Até proponho que, no Brasil, o atual símbolo da páscoa seja trocado por uma garrafa de cachaça. Não que eu beba, mas porque o álcool é adorado nos dias da folia pascal. E o farelo?
Sim, o farelo. Já que eu estava no sítio, distribuí farelo a torto e a direito para os quadrúpedes do lugar. Isto sim é páscoa, devem ter imaginado os bovinos.
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