Gente do céu, depois do julgamento do Caso Isabela, eu acho que a impunidade foi varrida desse país. Escafedeu-se, picou a mula, virou gás, deitou o cabelo e foi morar, de vez, em um lugar bem distante do paraíso verde e amarelo. Claro, quando vi – pasme jacaré – homens e mulheres na porta do fórum onde se passava o julgamento dos Nardonis, em plana madrugada de sábado, cheguei a conclusão que a coisa era séria: o Brasil nunca mais será o mesmo.
Nunca mais ouviremos notícias sobre políticos desonesto, nunca mais saberemos acerca de sacerdotes pedófilos protegidos pelo sistema, nunca mais leremos que um pai matou o filho – ou vice-versa. A partir do sábado passado o Brasil tornou-se livre de juízes venais. Advogados, agora, só trabalharão em prol da verdade; se bem que, para muitos, já fazem isso. Policiais não se envolverão, sob hipótese alguma, com criminosos. Funcionários públicos não facilitarão a vida de quadrilhas, em troca de - permita-me o trocadilho - alguns trocados. Atletas não serão mais pegos em exame antidoping. O empresário não vai mais explorar, cinicamente, seus funcionários.
Tanto mudou o Brasil que até os animais daqui estão diferente. Ainda há pouco, conversei com um cachorro que atravessava a via pela faixa de pedestres; isso mesmo. Recebi, juro por Deus, um email do zoológico de Pomerode - era um leão pedindo que eu fizesse uma reportagem sobre as condições de vida do lugar. E se eu disser que fui matar um mosquito e ele se mostrou indignado!? Flagrei o safado se banqueteando no meu braço! Exaltado ele ameaçou me processar por tentativa de inseticídio! É mole? Não estou brincando, não. É a mais pura verdade. O Brasil mudou, meu chapa.
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