Primeiro pousou o tiê. Em seguida foi a vez do bem-te-vi. O tié, coitado, bem menor que o tiranídeo, esperou que o fortão comesse para depois dar suas bicadas na banana. Não quis se meter a besta e encarar um pássaro que tinha duas vezes o seu tamanho. O Pitangus sulphuratus, desconfiado por demais, olhou a comida, espiou para o lado direito, para o esquerdo, para cima, para baixo, mas não comeu. A banana podia ser uma armadilha. Quem sabe um humano não a colocou lá para pegá-lo! Podia estar envenenada. Alem do mais, como diz o ditado, “laranja madura na beira da estrada, ou tem bicho, ou tem maribondo do lado”. Pensou.
E ficou nesse chove não molha por minutos. Será que tinha alguém observando ele se fartar, para em seguida pular em cima dele e engaiolá-lo? Não, não iria cair nessa. Devia ser um conto do vigário. Sentindo-se escolado, pensou: “desconfiado morreu de velho”, e num rápido bater de asas se mandou. O tiê já não agüentava mais a fome. Saltou sobre a banana parecendo que não comia há meses. Empapuçou-se. Depois de encher a barriga voou. Da varanda, meu posto de observação, fiquei pensando: tem gente que é como o bem-te-vi, de tanto desconfiar, acaba de barriga vazia.
E ficou nesse chove não molha por minutos. Será que tinha alguém observando ele se fartar, para em seguida pular em cima dele e engaiolá-lo? Não, não iria cair nessa. Devia ser um conto do vigário. Sentindo-se escolado, pensou: “desconfiado morreu de velho”, e num rápido bater de asas se mandou. O tiê já não agüentava mais a fome. Saltou sobre a banana parecendo que não comia há meses. Empapuçou-se. Depois de encher a barriga voou. Da varanda, meu posto de observação, fiquei pensando: tem gente que é como o bem-te-vi, de tanto desconfiar, acaba de barriga vazia.
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