Quando ela chega, me desconcerto. Minhas pernas bambeiam e insistem em desobedecer ao cérebro. Se bem que a cabeça, a essas alturas, não merece lá sujeição. É que a mente fica confusa, os pensamentos trôpegos e os desejos em desalinho. O calor do meu corpo se eleva. E não adianta tentar controlar, enquanto ela está por perto, não sou dono de mim. Insisto em brigar comigo para vencê-la. É uma luta inglória. Ela, reconheço, é mais forte que eu. Invade minhas emoções. Ela, qual ciclone na savana, que faz até o rei dos animais se apequenar, sabe como me domar. Sou homem, e “homem que é homem não chora”, mentalizo inutilmente. Suas manhas e seduções apertam meus olhos e, mesmo que furtivamente, lacrimejo.
Uma olhadela mais cúmplice me aponta a cama. Dessa vez resistirei, argumento comigo e para mim mesmo. Não me dobrarei a uma sedução tão barata, tão ordinária e tão doentia. Estou cônscio que sofrerei. Vai embora, peço. Por favor, imploro. Armo-me de argumentos que podem tirar-lhe o desejo. É tudo em vão. Outra vez ela me mostra a cama. Minhas pernas vacilantes obedecem-lhe. A quentura já tomou conta de mim. Prá lá, gripe nojenta.
Uma olhadela mais cúmplice me aponta a cama. Dessa vez resistirei, argumento comigo e para mim mesmo. Não me dobrarei a uma sedução tão barata, tão ordinária e tão doentia. Estou cônscio que sofrerei. Vai embora, peço. Por favor, imploro. Armo-me de argumentos que podem tirar-lhe o desejo. É tudo em vão. Outra vez ela me mostra a cama. Minhas pernas vacilantes obedecem-lhe. A quentura já tomou conta de mim. Prá lá, gripe nojenta.
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