Certas coisas no Brasil me enojam. E uma delas é a suposta liberdade de imprensa. Um discurso amarelo que muitos insistem em pintá-lo para apresentar aos incautos. O que há, de fato, é liberdade para veículos de comunicação. E, cá entre nós, vou falar baixinho que é para não espalhar: - nem todo veículo de comunicação goza de liberdade. Costumo dizer que um fato, para ser verdadeiro, precisa ser publicado na imprensa. Se não foi publicado, não aconteceu. Mesmo tendo acontecido, com testemunhas e tudo mais. Por outro lado, mesmo que não tenha ocorrido, se a imprensa noticia, sucedeu-se. É devido a esse jogo de poder e interesse que tanto se propaga a liberdade de imprensa.
O jornal O Estado de São Paulo foi vítima de censura. Produziu matérias envolvendo políticos de renome e viu-se obrigado, pasme, pela justiça a arquivar o material jornalístico. Cadê a liberdade de imprensa? Hora, hora, amizade, se um jornal grande como o paulista teve que aguentar a mordaça, imagine os pequenos. No último mês de maio, aqui em Florianópolis, o filho do dono de um grupo de comunicação, se envolveu numa lama desgraçada. Juntou-se com um colega, filho de delegado de polícia, e, conforme conversa alastrada em tudo que é boteco desta capital, estupraram uma menina de 13 anos. O interessante é que no tal grupo de comunicação – composto por rádios, TVs, jornal, revistas e portais na internet – tem jornalistas que se intitulam guardiões da ética, da moral e da verdade. Livres para falar o que bem entendem. Hum...
Aí é que eu digo que nem tudo que reluz é ouro. Os jornalistas da empresa emudeceram. Calaram diante dos fatos. Amarelaram. Botaram a boca na gaveta e passaram a chave. Um deles, certa vez, disse-me: “ainda que seja meu irmão, se cometer crime, eu coloco na tela. Sem distorcer a imagem”. E agora, José? Vai investigar o filho do patrão? Vai gritar impropérios contra filhos “safados, ordinários e vagabundos?”. O palavrório entre aspas é clichê usado por um desses jornalistas. Não; vai afinar. Já afinou. Não investigará, para levar a verdade à população. Porque se o fizer será demitido. Demitido. É rua, para o insubordinado. Será chutado como se chuta um cão sem dono. E porque não noticiam? Porque não o fazendo, a história vira boato. O argumento é: “Saiu no jornal?, apareceu na televisão?, não?, então não é verdade”. Cadê a liberdade de imprensa? Falácia, meu caro. Liberdade de imprensa é mais uma mentira inventada pelos poderosos, como meio de amansar os oprimidos.
Hoje eu entrei no portal do citado grupo e havia uma notícia morna sobre as investigações policiais a respeito do crime. Sabe aquela coisa feita só para querer passar uma imagem de transparência? Digo isso porque o grupo escondeu a notícia o tempo inteiro. Depois que a cidade toda ficou sabendo ele inventou um papo torto de que está acompanhando a investigação. O interessante é que as matérias do portal são acompanhadas de um espaço com os comentários dos leitores. O curioso é que no tocante ao estupro não havia comentário nenhum. Os comentáriso são eliminados. Cadê a liberdade de expressão do leitor? Só me resta cantar o verso do hino à proclamação da república: “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!”. Até pensei em cantar o da independência:
"Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil."
Mas aí já seria muita hipocrisia minha. Morrer pelo Brasil? Tás tolo, tás tolo. Deixa sem liberdade mesmo.
O jornal O Estado de São Paulo foi vítima de censura. Produziu matérias envolvendo políticos de renome e viu-se obrigado, pasme, pela justiça a arquivar o material jornalístico. Cadê a liberdade de imprensa? Hora, hora, amizade, se um jornal grande como o paulista teve que aguentar a mordaça, imagine os pequenos. No último mês de maio, aqui em Florianópolis, o filho do dono de um grupo de comunicação, se envolveu numa lama desgraçada. Juntou-se com um colega, filho de delegado de polícia, e, conforme conversa alastrada em tudo que é boteco desta capital, estupraram uma menina de 13 anos. O interessante é que no tal grupo de comunicação – composto por rádios, TVs, jornal, revistas e portais na internet – tem jornalistas que se intitulam guardiões da ética, da moral e da verdade. Livres para falar o que bem entendem. Hum...
Aí é que eu digo que nem tudo que reluz é ouro. Os jornalistas da empresa emudeceram. Calaram diante dos fatos. Amarelaram. Botaram a boca na gaveta e passaram a chave. Um deles, certa vez, disse-me: “ainda que seja meu irmão, se cometer crime, eu coloco na tela. Sem distorcer a imagem”. E agora, José? Vai investigar o filho do patrão? Vai gritar impropérios contra filhos “safados, ordinários e vagabundos?”. O palavrório entre aspas é clichê usado por um desses jornalistas. Não; vai afinar. Já afinou. Não investigará, para levar a verdade à população. Porque se o fizer será demitido. Demitido. É rua, para o insubordinado. Será chutado como se chuta um cão sem dono. E porque não noticiam? Porque não o fazendo, a história vira boato. O argumento é: “Saiu no jornal?, apareceu na televisão?, não?, então não é verdade”. Cadê a liberdade de imprensa? Falácia, meu caro. Liberdade de imprensa é mais uma mentira inventada pelos poderosos, como meio de amansar os oprimidos.
Hoje eu entrei no portal do citado grupo e havia uma notícia morna sobre as investigações policiais a respeito do crime. Sabe aquela coisa feita só para querer passar uma imagem de transparência? Digo isso porque o grupo escondeu a notícia o tempo inteiro. Depois que a cidade toda ficou sabendo ele inventou um papo torto de que está acompanhando a investigação. O interessante é que as matérias do portal são acompanhadas de um espaço com os comentários dos leitores. O curioso é que no tocante ao estupro não havia comentário nenhum. Os comentáriso são eliminados. Cadê a liberdade de expressão do leitor? Só me resta cantar o verso do hino à proclamação da república: “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!”. Até pensei em cantar o da independência:
"Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil."
Mas aí já seria muita hipocrisia minha. Morrer pelo Brasil? Tás tolo, tás tolo. Deixa sem liberdade mesmo.
Se eu trabalhasse nesse grupo estaria envergonhada. É isso que chamam de jornalismo? E o Prates, que vive fazendo discurso de moralismo? Um pé-de-xinelo é o que ele é. Pau mandado. Quero ver falar do patrao.
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