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quarta-feira, 16 de março de 2011

Criança de coleira

     Lendo o jornal Folha de São Paulo, hoje cedo, uma manchete atraiu meus bisbilhoteiros olhos. Você sabe como é jornal, não é?, com um bom título fisga o leitor. Fisga, não, prende. Fisgar remete a uma armadilha mortal. Opa, prende também não é coisa que se diga de um periódico. Prender traz a ideia de ladrão, marginal e certos políticos. Ui, que horrível. Deixa eu ver... conquista. É essa a palavra apropriada. Um bom jornal conquista quem o lê. E, venhamos e convenhamos, não é preciso ser bom para conquistar alguém. Tem muito caco conquistando pessoas para lá de disputadas. O jogo da conquista está muito acima do bom, do bonito ou do melhor. Tem horas em que ele gravita em torno da artimanha, da pura picardia. O fato é que gostei do título, achei-o interessante e mergulhei.

Coleira para crianças inspira olhares críticos e reflexões

     Gostando de criança, como gosto, e de cachorro, embora não tenha nenhum, fui impelido a ler a matéria. Na verdade, também não tenho criança. Já fui, entretanto, criança um dia. Não sou, como disse o poeta, “cachorro, não”, esclareçamos. Tudo balela. Não tenho criança, nem cachorro, mas adorei o título. Deu. Mariana Versolato, começou o texto dizendo que “Parece coleira de cachorro, mas é uma mochilinha com alça, que prende a criança à mãe”. E ela, a repórter, segue escrevendo o que alguns pais, psicólogos e quem não tem nada a ver com o assunto pensa da bendita coleira. Eu não sou contra nem a favor. Claro, não tenho criança. E acho que quem não tem deveria ficar bem calado.

     Só se eu fosse muito cínico para alardear que sou contra o uso de coleiras por esse ou aquele motivo. Não arcarei com as conseqüências diretas do uso, ou não-uso, do equipamento. Agora, vamos combinar, o que tem de cachorro andando por aí sem coleira, é uma barbaridade. Para você, leitor, não achar que estou em cima do muro, proponho que primeiramente seja colocado coleira em todos os cachorros. Só depois, que se ponha coleira na criançada. Sheid, meu cachorro virtual, sugeriu que alguns funcionários da Vigilância Sanitária fiquem de prontidão na frente da Câmara e do Senado Federal. De coleira na mão, devem encoleirar qualquer cachorro que queira entrar na duas casas. Não sei, não, mas o que vai ter de cachorro latindo...



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