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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2010

Olá,
até o dia 18 de janeiro de 2010 eu terei dificuldades em fazer postagens. É que o modem que tenho não funciona em alguns lugares que estarei nesse período. Sempre que puder eu postarei algum material. A partir de 18 de janeiro voltarei com as postagens diárias.

E não esqueça: esperto é quem consegue atingir os objetivos com o menor esforço possível. Menor esforço dele, claro. E dentro da lei, vale salientar.

Que em 2010 você fique esperto.
Eu e o Sheid estaremos te esperando.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal, com muitas mentiras

          Minta, minta bastante para seu filho. Ele vai crescer e se tornar um adulto que não mente. Eu acho muito legal a forma que a graaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaande maioria dos pais educa seus pimpolhos. Uma coisa que me chama atenção é o dia de natal. As crianças, que estão em formação, escutam o tempo todo que Papai Noel vai trazer presentes. Que o bom velhinho está vindo do Pólo Norte com um saco cheio de brinquedos para dá-los aos pequeninos. E tem mais: vem num trenó puxado por renas que voam.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Licença para matar

           Guarde bem estes nomes: José Álvaro Machado, Adriana Lisboa e Rubens Spernau. O que fazem: o primeiro é advogado, a segunda é juíza e o terceiro é político. O que são: tire suas conclusões enquanto lê. O que une os três? Um assassinato. Um não; três. Isso mesmo. O senhor Rubens, ex-prefeito de Balneário Camboriú/SC, tem um filho: Lucas Spernau, 19 anos, estudante. Pois bem, o rapazola estava saindo de uma noitada em Camboriú a bordo de uma caminhonete e, em alta velocidade, bateu contra um taxi. O taxista e dois passageiros morreram. Uma quarta passageira está na UTI.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Hoje tem futebol? Tem, sim senhor!

Pelada de domingo é uma festa, no interior do Rio Grande do Norte.


           Baimba, Caçote, Ôi de Fusca, Nêgo Chimba e outros amigos estão reunidos para mais uma partida de futebol. Na verdade, não é mais uma. Hoje será a confraternização de fim de ano da patota. Uma mangueira frondosa serve de ponto de encontro para quem vai chegando. A maioria vem de bicicleta e a sombra da árvore é o estacionamento perfeito para as magrelas. Em Nízia Floresta, onde estou, tem um sol pra cada jogador, como dizem por aqui. Quem vem, só para assistir também recebe um. São 9h. Uma caminhada de cem metros é o suficiente para me avisar que é melhor ficar bem abrigado. Para quem não conhece, Nízia é uma cidade de  aproximadamente 22 mil habitantes, situada a 43 km de Natal, Rio Grande do Norte.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Natal; verdade ou mito?

          Nesta semana sobrevoei o sertão nordestino. A caatinga amarronzada, o sol impiedoso e a falta de chuva deixam claro: Papai Noel não esteve ali. Mesmo assim o telejornal insiste em mostrar que o bom velhinho está vivo e solto no planeta terra. O aparelho de tv apresenta ruas, distantes da seca, movimentadas pelo frenético vai e vem das pessoas. São homens e mulheres que gastam parte do salário, ou todo ele, comprando presentes para os parentes mais próximos. Estou me aproximando de Natal, capital do Rio Grande do Norte, e o Natal dos cristãos parece cada vez mais perto.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sabrina Sato: Personalidade do Ano na TV

          Há dez anos a Editora Três premia os brasileiros do ano. Segundo o olho da Editora, óbvio. Pois bem, 2009 teve seus 16 laureados no último dia sete. Entre empresários, artistas e políticos uma sumidade me chamou atenção: Sabrina Sato. A “Japa” ganhou o troféu de apresentadora e personalidade do ano na televisão. Calma, tome um copo de água com açúcar. Relaxe, respire e conte até dez. Peço desculpas, leitor, por ter sido tão direto. Mas, cá entre nós, personalidade do ano... Sabrina Sato...

sábado, 12 de dezembro de 2009

Mário Cavalazzi, o matemático

  R$ 2.000.000,00 daria para comprar todo o estoque de panetones do governador do Distrito Federal



          Levei minha vida toda para descobrir que 43 é, aproximadamente, 60. Claro, vou processar todos os meus professores de matemática. Desde o primário. Todos. Não vou livrar a pele nem da “Tia Toinha”, minha professora da primeira série, no século passado. Eu estava assistindo ao debate (leia-se bate-boca) promovido pela TV COM entre o secretário de turismo da Prefeitura de Florianópolis, Mário Cavalazzi, e o vereador João Amim. O mediador da baixaria era Renato Igor, que educadamente tentou, mas sem sucesso, evitar que o ilustre secretário agredisse verbalmente o vereador.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Deus salve o meu Brasil

Uma poesia para o final de semana. Mas sem esquecer da crise política, que já virou banalidade. Acho que só apelando para a divindade.


Deus, salve o meu Brasil


Desigualdade social
Tantos com tanto e outros mal pra caramba.
Uma pá de políticos distantes da honestidade
São uns crápulas nocivos à sociedade.

E a reforma agrária que não sai
E o salário mínimo que não sobe mais
É um amontoado de pessoas
Que precisam de chão pra plantar
Um pedacinho de terra pra poder trabalhar
Desse jeito te pergunto: aonde vamos chegar
Com essa cambada de safado a nos sugar?

Deus, salve o meu Brasil
Tem piedade desse  povo sofrido e tão varonil
Nos liberta dessas ervas daninhas
Que não sabem o que é política
Que só pensam neles próprios
Deus, salve o meu Brasil.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Brasília diz não aos corruptos

       Parabéns brasilienses, vocês estão dando uma aula de consciência política  

          Brasília está fervendo. A revolta da população é visível. Da polícia também, só que essa está na contramão dos fatos. Ao invés de prender o “Papai Noel do Panetone”, ela resolveu agredir os cidadãos brasilienses. E, diga-se de passagem, a população da capital federal está de parabéns. Isso mesmo, não aceitou a postura dos seus governantes e foi às ruas exigindo mudanças imediatas. Agora me diga uma coisa, leitor: corrupção é prerrogativa do governador Arruda? No Estado onde moras, não tem corrupto? Sabe por que eu pergunto? Porque existe uma crença, disseminada pelo Brasil afora, de que em Brasília só tem corrupto. Ora, ora, amado mestre. A grandessíssima parte dos gatunos que se movem pelo Planalto central é enviada pela população dos demais Estados da Federação. Arruda é a ponta de um iceberg chamado “corrupção nacional”.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Chupim, o mascote do político

          Hoje eu vi o que é exploração. Estava olhando os pássaros, coisa que adoro fazer, quando percebi um filhote de chupim com o bico aberto em clara e manifesta reivindicação por comida. Ele pulava no gramado num frenesi louco, abria as assas, chorava – isso mesmo, parecia um bebê faminto – e exigia alimento. Olhei em volta procurando uma mamãe chupinha e não vi nenhuma. Eu escrevi, chupinha, porque não gosto de tratar ninguém, nem mesmo uma ave, pelo nome de outro. Aliás, já falei sobre isso quando fiz uma crônica sobre o sanhaçu. Para mim, se existe o chupim, a fêmea dele é a chupinha e caso encerrado. Mas vamos retornar à cena do neném chupim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um golpe contra a democracia

        Uma imprensa míope, preocupada apenas em vender, não sabe o que é notícia. Sabe somente o que é publicidade.


          Direto e reto: você já ouviu falar em Cunha Porã? Não, não é o nome de uma tribo. Se bem que, pelo que ocorreu no último domingo (06/12/09), parece que trata-se de uma tribo sem conciência política nenhuma. Cunha Porã é um município de Santa Catarina localizado a pouco mais de 600 km de Florianópolis. Fica no oeste, próximo a Chapecó. Pois bem, o que se passou lá merece destaque em qualquer veículo de comunicação. Veículo sério, é claro. Era para ser primeira página do Diário Catarinense, O Globo, Folha de São Paulo, Estadão e demais dinossauros impressos. Por que!?

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mix Mania. Que mania!

         Mix Mania e Silver Shop; guarde bem esses nomes. São duas empresas de venda pela internet que se associaram e se dizem líder de vendas pela web. Se você é uma pessoa curiosa, como eu, entre no site desta “gigante das vendas virtuais”, mas lembre-se: não compre nada, porque pode ser tudo uma miragem. É um campo minado. O poderoso império das vendas pela rede mundial de computadores anuncia em alto e bom som: “Comprando com Mix Mania ou Silver Shop você está adquirindo produtos da mais alta qualidade e com toda a segurança que uma empresa virtual pode oferecer a seus clientes”.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Brasileirão 2009

         Um show de horror! O campeonato brasileiro teve o desfecho condizente com o que ele é. Não falo sobre o título do Flamengo, sobre isso eu escrevi no final da penúltima rodada, quando o clube carioca venceu o Corinthians em São Paulo. O Grêmio já cantara o resultado do jogo que faria no Maracanã. Portanto, um campeonato feito por pessoas que não são sérias terminou em uma batalha campal, essa sim, seriíssima. Na capital paranaense o Coritiba enfrentou o Fluminense tentando escapar do rebaixamento para a segunda divisão. Não conseguiu e a torcida apelou para a violência.

Banco estadual? Nunca mais!

          O Brasil vai iniciar 2010 mostrando como se evitar quebra nas finanças dos Estados. Como? Não permitindo que os tais Estados sejam banqueiros. Isso mesmo, no último dia 30 o Banco do Brasil incorporou a Nossa Caixa, uma instituição paulista que há muito perdera a razão de existir. 2009 desce ao túmulo abraçado a marca de 93 anos que, apesar de saudável financeiramente, já não era competitiva. São Paulo segue o exemplo de outros estados como, Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O Brasil acordou para a realidade e percebeu que não pode galopar rumo ao desenvolvimento enquanto as unidades da federação se deleitam às custas de bancos estaduais deficitários.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Amigo

          Amigo, cinco letras e  um caminhão de sentimentos, quem dera que essas letras fossem seis. Andei pensado como e quando pela primeira vez alguém pronunciou palavra tão célica. De uma coisa tenho certeza, era uma manhã de sol. Duas ou três nuvens representavam a deidade. Alguns pássaros gorjeavam e se espreguiçavam sob o lume do astro rei. O vento limitava-se a um cicio por entre as árvores.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Gabriela

          Hoje é o dia do aniversário da minha princesa, Gabriela. Coincidentemente também é o meu. Por isso não vou postar uma crônica, não vou protestar contra coisa nenhuma, nem quero lembrar do jogo do Fluminense, ontem. Vou disponibilizar para você, leitor, a poesia que fiz para ela. Eu costumo dizer que todo ano, no dia do meu aniversário, recebo o mesmo presente de Deus. Se eu viver duzentos anos quero receber a mesma dádiva. Hoje é o vigésimo primeiro aniversário da Gabi. Vinte e um presentes que recebo exatamente iguais. Todos os anos, no dia três de dezembro, agradeço a Deus pelo presente que ele me deu: Gabriela.



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sanhaçu-fêmea

          Hoje acordei por volta das seis e meia. O sol estava preguiçosamente abrindo os olhos por trás dos morros que cercam minha janela. Sempre que estou no sítio eu acordo antes do astro-rei, isso deixa o dia mais comprido e aproveito melhor o tempo longe do stress urbano. Meu primeiro ato é dar comida aos pássaros. Em seguida sento na varanda e fico observando a festa que eles fazem. E que festa! Em meio aos pousos e decolagens dos plumados um sanhaçu me chamou a atenção. Estava acompanhado de sua digníssima, a senhora sanha... sanha... ah, não sei como chamá-la.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Flamengo campeão brasileiro de 2009

          O Flamengo é o campeão brasileiro de 2009. Com todos os méritos e deméritos.  Isso mesmo, mérito porque soube acelerar na hora certa. Mérito porque tem a maior torcida do Brasil e o Maracanã pintado de preto e vermelho fez diferença. Mérito porque o presidente da CBF é flamenguista de carteirinha. Opa, acho que já entrei nos deméritos! Na verdade quando falo em demérito não me refiro ao time carioca, faço alusão ao próprio campeonato.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Índios equantorianos - Parte 3

Esta é a terceira e última parte dos vídeos sobre o grupo de músicos índios, do Equador, que estão se apresentando em Floripa. Se você não foi, dê uma passada no Centro da Cidade e aprecie a música indígena do Equador. Eles são receptivos e você pode conhecer um pouco da cultura deles.

Índios equatorianos - Parte 2

Dividi a filmagem em três partes para facilitar na hora de baixar.

Índios equatorianos dão show na Praça da Figueira

Ontei postei umas fotos dos índios equatorianos que estavam fazendo show no Centro de Florianópolis.
Agora você pode conferir o vídeo que postei no Youtube.
Eu não gosto de editar nem fotografia, quanto mais vídeo.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Músicos do Equador se apresentam no Centro de Florianópolis




O grupo equatoriano Raça está se apresentando diariamente na Praça XV, a conhecida Praça da Figueira, no Centro da capital. O grupo é formado por 12 componentes, mas apenas três vieram ao Brasil. Eles são índios e passam o ano viajando pelo mundo. Em cada cidade que chegam se apresentam nas praças. O público contribui enquanto eles tocam, cantam e dançam.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Denúncias de preconceito em Florianópolis


          Colhi o depoimento de quatro pessoas sobre o preconceito.  Elas são de  estados diferentes e contam suas experiências a respeito. Jonathan, paraense; Cristini, catarinense; Carlos, pernambucano; e Alves, natalense.  Será que o preconceito é real? Ou fruto de delírios provocados pela inanição!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Jorge Bornhausen e a vaca – Desdobramentos

Todo gaúcho é gay?

           Todo gaúcho é gay? Todo índio é sujo? Todo sem-terra é baderneiro? Todo estudante de Comunicação Social é maconheiro? Todo catarinense é preconceituoso? Todo brasiliense é corrupto? Todo carioca é malandro? Todo baiano é preguiçoso? Todo político é ladrão? Todo cabeleireiro é bicha? Todo paulista é antipático? Todo nordestino é preguiçoso? Todo...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Nacirema

E aí, beleza?


Sexta é dia de poesia, então, senta que lá vai ela.

Só uma dica: você pode começar de trás pra frente, se quiser.





Nacirema

Somos todos Nacirema, pai, filho, mãe e irmão
Somos todos muito estranhos, uma raça, uma cor, uma nação
Somos todos fotocópias num colorido fugaz
Somos todos em branco e preto, um filme anoso demais.

Nosso corpo é nosso tudo
Nosso externo o conteúdo
Nossa face é nosso ouro
Nossa aparência um tesouro.

Ao acordar nos ajoelhamos diante de um altar
E oferecemos presentes ao deus que dentro de nós há
Acreditamos piamente que a casca é a essência do ovo
E que na beleza consiste a grandeza de um povo.

Acho que, talvez, por isso repudiamos o ET
Pintamo-lo num ser quasímodo que até dá receio ver
Em nossa aldeia narcisa o esquisito está banido
E vivemos como se fosse-mos o único burgo escolhido.

Um olho mais perspicaz verá por entre as brumas da estética
Que o robô vale muito na cultura cibernética
Um quadril e dois seios grandes fazem a mulher ideal
Mas isso, digo de certo, é uma verdade cultural.

Alteridade, etnia e endoculturação
Comportamento desviante, interetnicidade e lógica de uma nação
Determinismo biológico, relativismo cultural e outros mais
São conceitos antropológicos que precisamos aprender e não esquecer mais.

PS: Nacirema é American, ao contrário.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Fluminense Gunha e está na final da Sul-Americana

E aí, beleza?

          Apoteótico, fantástico, incrível, inimaginável, blasonador. Pense em mais duzentos sinônimos para maravilhoso. Todos esses elogios não serão capazes de definir, nem de longe, o que foi a partida entre Fluminense e Cerro Porteño, ontem , no Maracanã. O jogo valia vaga para a final da competição. O tricolor do Brasil jogava pelo empate. Repare que eu disse "o tricolor do Brasil". Claro, como dizia o sábio, tricolor é o Fluminense, o resto é time de três cores. Pois então, um mísero e desprezível empate colocaria o time das Laranjeiras na disputa do campeonato mais importante do ano. Isso mesmo, que se dane o brasileirão; importante mesmo é a Sul-Americana.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BR-282; estão pisando em nosso dinheiro




E aí, beleza?









          No dia 13 de julho deste ano, há exatos quatro meses, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (DNIT), divulgou em seu site o término das obras na BR-282 - trecho de 109 km entre Florianópolis e Alfredo Wagner. De acordo com o órgão foram gastos R$ 46,5 milhões. A rodovia foi castigada pelas chuvas que cairam em Santa Catarina entre os meses de setembro e dezembro de 2008, tendo a malha bastante danificada, principalmente por quedas de barreiras, e por isso teve alguns trechos que precisaram ser reconstruidos.

Mosimann e o mau humor

E aí, beleza?

          Tem coisa pior que o mau humor? Não, não é? A pessoa mal humorada parece que está sempre respirando o ar da pocilga. Isso mesmo, fica sempre com a postura de um inquisidor prestes a botar alguém na fogueira. E qual o vivente que não conhece um sujeito desses? Eu não me refiro a uma pessoa que tem alterações de humor, essas inquietações são próprias do ser humano. Uns se irritam mais facilmente que os outros. Porém o mal humorado...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O desejo, o deserto

E aí, beleza? Hoje é sexta-feira e um pouco de poesia pode iluminar nosso finde.

O desejo, o deserto

O desejo tem desertos que o próprio deserto não deseja
O desejo tem desejos que o próprio desejo não deseja
O deserto tem desejos que o próprio desejo não deserta
O deserto tem desertos que o próprio deserto não deseja

O desejo é um deserto desejado por inteiro
Uma confluência de dunas a se espraiar na alma etérea
Consumindo o mortal em chamas, sugando as suas artérias
Buscando o inacessível, amando o traiçoeiro

O desejo busca algo e o acompanha de perto
Nos desterritorializa em busca de sua concupiscência
Esvazia-nos de súbito, nos prestigia em demência
Fica sublime, faceiro, quando percebe o deserto

O desejo se completa em sua essência nativa
quando encontra as quentes terras do deserto interior
É um exílio pra alma e ao mesmo tempo um fulgor
É o mais carnal traço humano a realçar na areia viva

O desejo é um lugar além de todas as glórias
É um agente de ruptura reescrevendo o roteiro
É um rasgar de consciência, um sacrificar o cordeiro
É um somatório de buscas descartando as mais simplórias

O desejo desnorteia o planejado pensamento
Desmistifica o ordeiro, desarticula o contumaz
Desnorteia a ordem imposta, é um quebra rito voraz
Nos conduz aonde o olhar nunca teve conhecimento

O desejo é um deserto a ser desertificado
O deserto é um desejo que está sendo desejado
O desejo, deserdado é um ser desertificado
O desejo é um deserto, um deserto desejado

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Jorge Bornhausen e a vaca

E aí, beleza?
 
Outro dia um nobre senhor me indagou:
- Conheces o Jorge Bornhausen?
Ignorei.

Depois perguntei para um amigo meu, que estava ao lado:
- Você tem algum animal?
- Tenho; uma vaca. Respondeu.
- Pois então, prefiro conhecer a ruminante do que ter amizade com o Jorge.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Faltou luz! E a zona?

          Faltou luz em treze estados da federaçao. Como é que fica a zona? Pergunta o Sheid. A novela das oito, que agora é às nove, não tinha terminado. Isso não pode acontecer, não na hora da novela. Como é que a mãe de família, e o pai também, vão dormir? Serão obrigados a orar, rezar, pedindo a Deus, ou a outro santo de plantão que não permita que esse sacrilégio se repita. Ora essa, doze estados sem energia, milhões de viventes às escuras, televisões desligadas, só resta deitar e dormir. Como dormir sem assistir o final do capítulo. Capitulei. Antes quero explicar que iniciei o parágrafo contabilizando treze estados nas treva e termino registrando doze. É a velocidade da informação; e da contra-informação.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Morro do Mocotó, falta lazer, sobra pó



          Trinta e oito minutos jogados no segundo tempo de partida. O placar do estádio Orlando Scarpelli aponta: Figueirense dois, Marcílio Dias um. De repente o lateral esquerdo do Marinheiro – apelido carinhoso do Marcilio Dias - arranca em diagonal pela entrada da área do Figueira e solta uma patada certeira. É o gol de empate. O nome do lateral: Eli Lopes. Quando foi esse jogo? Em 1977 e foi válido pelo campeonato catarinense. Agora, adiantemos o relógio do tempo. São 14h do dia quatro de novembro de 2009. Estou no Morro do Mocotó, mais precisamente no lugar chamado de Boca do Vento, na região central de Florianópolis. É onde mora o ex-jogador de futebol. Eli está com 60 anos. O que faz? Entre outras coisas é presidente do conselho comunitário do Morro do Mocotó.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Solte a voz

E aí, beleza?

"Solto a voz nas estradas". Lembra dessa música? Travessia, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Pois então, soltar a voz pode ser altamente destrutivo. Pode assolar a estrada e varrer quem nela anda. É, sem dúvida, a arma com maior poder de destruição usada pelo homem.
 
- O quê, não existe arma mais mortífera do que a bomba atômica.
- Quantas explodiram, até hoje, sobre cidades?
- Bem... Hiroshima, Nagasaki...
- Quantas mais?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Não desista de amar


Eu queria ser beija-flor, sempre a voar
Pra falar de norte a sul
Que não desista de amar.

Se eu fosse um arco-íris entraria no teu lar
Pra levar feixes de cores e tua vida iluminar
Se eu fosse um pensamento, à noite, iria te dizer:
Para as coisas fazerem sentido, dependem, muito mais, de você

Mas não sou pensamento, arco, muito menos sou
Sou parte de uma crise, de uma inversão de valor
Porém, existe uma saída, ou uma entrada, a te esperar
Dê uma chance ao amor e esse mundo vai mudar.

Eu queria ser beija-flor, sempre a voar
Pra falar de norte a sul
Que não desista de amar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Estudantes não sabem perguntar e tentam ridicularizar jornalistas

E aí, beleza?

Ontem à noite estive no encerramento da Primeira Semana Catarinense de Jornalismo, promovida pela Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. O palestrante foi o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sérgio Murillo de Andrade. O cerne do assunto foi a exigência, ou não, do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. Até aí tudo bem, mas ocorreram algumas coisas vergonhosas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Entrevista com traficante

E aí, beleza?

Na semana passada entrevistei o traficante PC, 33 anos, em um dos morros da capital catarinense. Encontrei-o por volta das 14:30 no alto do morro. Moreno claro, 1.70 de altura, cavanhaque, cabelo cortado na máquina dois e algumas tatuagens no braço esquerdo. Bermudão do tipo surfista, chinelo de dedo, celular sem câmera e sem crédito. Falava quase o tempo todo, olhava para os lados insistentemente, na maior parte do tempo me olhava nos olhos.

Estágio para jornalista

E aí, beleza?

Pois é, no feriado não escrevi nada neste blog, depois explicarei o motivo. Mas agora a razão de escrever é outra.  Olha só o anúncio de vaga para estágio que circulou entre os acadêmicos de jornalismo de uma faculdade de Florianópolis:
 
Empresa: Revista House Mag
Tipo: Mídia impressa e On-line
Pré-requisitos: Mulher com boa redação que tenha notebook próprio, escrita e leitura em inglês nível médio ou avançado e conhecimento regular/satisfatório da linguagem técnica de música eletrônica.
Características pessoais: flexível, descolada
Período: 6 horas – seg à sex
Remuneração: A conversar
Mandar curriculum para: adm@housemag.com.br


Isso parece brincadeira, mas não é.  E sabe por que não é brincadeira? Porque esse país não é sério. Tudo bem, eu sei que você é sério, mas você é uma excessão.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Repórter caminhoneiro

E aí, beleza?

Esse post é para informar sobre a viagem que farei de caminhão pelo Brasil. Conforme vocês sabem, eu deveria ter pego a estrada ontem à noite. Acontece que o motorista da carreta teve que renovar a carteira de habilitação e não recebeu o documento a tempo. Estamos esperando a CNH. O mais provável é que saiamos na próxima terça, 03/12.

Isso é só para vocês terem idéia dos imprevistos que cercam a profissão de caminhoneiro. Aguardem mais informações sobre a viagem.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Aldeia Guaraní, outra forma de se educar


          Karaí Popygua é estudante de pedagogia da UNIVALI no período da noite. Durante o dia ele é professor na comunidade indígena onde mora, a aldeia Yynn Moroti Wherá – que significa Reflexo da Água Cristalina – localizada às margens da BR-101,  no município de Biguaçu. Distante 20 kilômetros de Florianópolis a aldeia Guarani procura manter as tradições orais herdadas dos antepassados. Popygua descreve, entusiasmado, a base da religião de sua tribo e detalha os princípios religiosos que, segundo ele, é essencial para a educação dos Guaranis. O centro das atenções da comunidade indígena é a Casa de Reza, uma construção de aproximadamente 60 m² feita de barro e coberta de palhas, com apenas uma portinhola e sem janelas. Quando a porta é fechada uns parcos raios de luz entram no salão pelas brechas na parede da construção.

Drogas; cara ou corôa?

Participei deste programa para rádio.Ouçam  minha voz, porque, até aqui vocês só leram o que escrevo. O roteiro foi feito por mim com a colaboração de Alice Matos. A edição ficou aos cuidados de Gabriela Farias e Márcio Goebels. O tema é bem pertinente: drogas.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Já viu poste mijar em cachorro?

E aí, beleza?

Vamos conversar sobre coisas comuns? Que tal, filosofia? Ui! Tudo bem, tudo bem, estou brincando. Deixa eu te fazer uma pergunta, aliás, você já deve ter percebido que adoro fazer perguntas, não é? Você já viu poste mijar em cachorro? É isso mesmo. Já viu? Alguma vez passou na rua e notou um poste bonito, alto, com uma lâmpada de xenom, levantando os fios e fazendo xixi  em um cachorro que caminhava na calçada? Nunca viu? Não diga! Eu já vi, várias vezes. Claro, o que eu mais tenho visto é essa cena. Os coitados dos cachorros estão desviando dos postes. Quando eles vêem um, baixam a cabeça, colocam o rabo entre as pernas e saem de fininho.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Presidente da FENAJ faz duras críticas ao STF

E aí, beleza?

Hoje eu etrevistei o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade. Combinamos a entrevista em um Café, no Centro de Florianópolis. Cheguei alguns minutos antes e ele já estava lá. Cabelo no estilo militar, calça jeans e camisa de gola pólo. Sempre sorridente, Sérgio Murillo só mudou o semblante quando falei sobre a decisão do Supremo  Tribunal Federal em desregulamentar a profissão de jornalismo, que ele chamou de leviana. O que levou o STF a tomar a decisão? Houve pressão por parte dos empresários? A decisão do STF beneficiou a democracia, como disse o presidente do Supremo? Leia a entrevista e saiba o que Sérgio Murillo pensa sobre a questão que já dura quase uma década.

domingo, 25 de outubro de 2009

Queres ser senador?

E aí, beleza?

Me diz uma coisa, você já ouviu falar no senador Osvaldo Sobrinho? O que! Nunca ouviu falar? Calma, calma, não sinta-se um alienado no quesito política. Esse cidadão nunca teve repercussão na mídia nacional, exceto no estado dele, o Mato Grosso. Agora, cá pra nós, sobre o deputado federal José Otávio Germano você escutou algum comentário, não é? Não!? Bem, esse é bem faladinho. Tudo que é jornal do Brasil já registrou alguma coisa acerca dele. Estás sentindo um mal-cheiro? Então deixa eu fazer mais uma pergunta, Yeda Crusius, você conhece? Ah, claro que você acompanha na televisão os problemas que cercam a governadora do Rio Grande do sul. Bem, agora você deve estar se perguntando, aonde Gilead Maurício quer chegar? Siga-me.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dois olhares

E aí, beleza?

Só para vocês terem uma idéia de como uma matéria jornalística pode ser manipuladora. Fotografias são recortes do que o jornalista quer mostrar, é apenas uma parte do todo. Esse recorte é fundamentado na forma como o repórter vê o fato, ou de como o veículo, no qual ele trabalha, quer que ele veja. Eu vou dar como exemplo as fotos que fiz sobre a Faculdade Estácio de Sá/SC, à época eu fazia uma disciplina de fotografia. Para "prejudicar" a Estácio Estácio, dei um tipo de enfoque. Quando quis "promover", mudei o objeto a ser fotografado. Isso é pura manipulação.  Dá uma olhada nas fotos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O puxa saco

E aí, beleza?

Conta-se de um cidadão que, de manhã, dava bom dia para o chefe e emendava: se espirrar, saúde. Pois então, é desse cara que eu vou falar. Sim, do puxa saco. Ô sujeitinho para se dar bem! Quem de nós, não conhece um?! Quem de nós não sofreu ou está sofrendo por causa de um traíra desses?

- Espera um pouco, Gilead, você vai falar do puxa saco ou do traíra?
- Aí é que está o xis da questão, porque puxa saco que se preza, adora uma trairagem.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cutrale e você, tudo a ver!

E aí, beleza?



          Você já ouviu falar na Cutrale? Cut, o que? Cutrale! Não conhece? Vou tentar dizer em poucas palavras: é a maior produtora de suco de laranja do mundo. Só isso, a maior. Sabe onde fica? Em Araraquara, São Paulo. Você pode estar se perguntando: e eu com isso? Dileto, você lembra da reportagem que a televisão brasileira mostrou sobre os "sem terras" destruindo centenas de pés de laranja? Quer saber o que você tem a ver com isso?

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Jornalistas, uma categoria doente

 E aí, beleza?

          Você sabia que os jornalistas catarinenses estão adoecendo devido aos baixos salários, sobrecarga de trabalho e às pressões  que sofrem nos veículos de comunicação onde batalham pelo pão nosso  de cada dia? não sabia?  Então leia a entrevista que fiz com o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Rubens Lunge. Se você é jornalista, leia para ficar por dentro do sofrimento da classe. Se não é, leia para se inteirar sobre o trabalho de um jornalista.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Me empresta a chave do teu carro

E aí, beleza?

          Outro dia eu estava com minha mulher em um velório. Pois é, não é dos melhores programas que um casal possa fazer. E se eu disser que era noite? Ui! E se eu disser que estava chovendo muito? Ui, ui, ui! Pois é, pior foi o que aconteceu depois.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O tiê e o tico-tico

E aí, beleza?

          Se tem uma coisa que gosto de fazer é alimentar pássaros. Não, em gaiola não; em liberdade. Por isso fiz uma casa para eles, e nos finais de semana costumo colocar alimentos que atraem as mais diversas espécies. Tirivas, canarinhos, sabiás e saíras, só para citar alguns. Outro dia aconteceu um caso bem interessante, envolveu o galanteador tiê prêto e um vagabundo tico-tico.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia da criança

E aí, beleza?


          Dia 12 foi o dia da criança. Novidade! Você pensou, ao menos, na data? Ah, não tem filhos! Amigo, amiga, então está na hora de começar a pensar. E vou dizer porque: se o futuro da nação são as crianças, esse futuro se encontra nas tuas mãos. A graaaaaaaaaaaaaaande maioria dos pais, e mães, costuma dar presente para os filhos nesse dia. Sem perceber, ou percebendo, esses pais estão levando os filhos à lógica consumista, ao pensamento insano de comprar, comprar e comprar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Repórter caminhoneiro

Atenção, muita atenção:

No final desse mês, lá pelo dia 25, estarei fazendo uma viagem de aproximadamente quinze dias na boléia de um caminhão. Sairei de Santo Amaro da Imperatriz; após carregar o monstro em Fraiburgo irei levar  a carga de maçã até a CEASA de Belém/PA.

Não, não vou dirigindo o possante. A carreta é do meu amigo Aldo Petrí, morador de Santo Amaro e será conduzida por um dos motoristas dele, o Aristeu, conhecido como Teteu. Descarregados os três quilinhos da fruta na capital paraense teremos que conseguir outra carga para trazer, afinal de contas não podemos voltar com o pesadão batendo (vazio).


Argentina fora da copa?

Definitivamente o ser humano adora a desgraça alheia. Aproximando um pouco, o brasileiro adora a desgraça alheia. Vamos dar um zoom: nós, você e eu, ficamos regozijados com o fracasso dos outros. E não adianta arregalar os lindos olhos. Nem me mandar para aquele lugar, até porque, não irei.  Quer que eu desenhe?


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Policial Federal é subornado por dez reais

E aí, beleza?

Estive conversando com o caminhoneiro J.J, 39 anos, morador da Grande Florianópolis. Ele pediu para não ter o nome divuldado, depois explico o motivo. J estava puxando combustível de São Paulo para Florianópolis. Puxando é o termo usando pelos caminhoneiros para designar a ação de levar uma carga, seja ela qual for. Pois bem, estava "voando baixo", conforme confessou, quando passou pela curva da cigana. Um policial federal estava com o radar em punho. Cravando no bolso dos descuidados de plantão.


Coitado do J. Foi mandado parar.  A garbosa autoridade dirigiu-se ao caminhão. A essas alturas J sabia o que lhe esperava e tratou de pegar os documentos no console da jamanta.  O dele e o do monstro de rodas. Com uma empáfia própria de quem tem poder de prender ou soltar, de fazer sorrir ou chorar, o guarda deu uma olhadela nos documentos, viu que estava tudo em ordem e mandou que o pai de família o acompanhasse até a viatura. Digo, pai de família, porque J tem dois filhos para criar. Os nomes? Fala sério, Valério.

Encostado na guarnição o representante da lei avisa que, por estar em alta velocidade, J não poderá conduzir o caminhão, que a situação é difícil. Nessa hora entra em cena o mais brasileiro de todos os motoristas: o  corruptor.

- Não tem outro jeito, seu guarda?
- Quanto você tem?
- Cinquenta reais. Quarenta para o pedágio e dez para o almoço.
- Vais ficar com fome.

Ainda preciso explicar o motivo de não divulgar o nome de J?

Eguinha pocotó


E aí, beleza?


Ontem eu escutei um canção de Mark Davis. Não venha me dizer que não conhece a celebridade!? O cara é famoso pra caramba, é ator, compositor, cantor e apresentador, não necessariamente nessa ordem. Vou dar uma dica: O primeiro nome dele é Fábio, o segundo, Júnior. Fábio Júnior, amizade! Eu escutei uma música de Fábio Júnior, na voz de Mark Davis. Ou foi uma canção de Mark Davis na voz de Fábio Júnior? Ah, dá no mesmo.

Explico: é que nos anos de 1970 os "cara" usavam pseudônimos para "americanizar" a música brasileira. Na verdade o nome do cidadão é Fábio Galvão. O que, fazer sucesso na provícia do Brasil, com o nome xumbrega de Fábio? Fala sério, Valério! E olha que aquela geração se achava o galo cego do pedaço. Só gente culta e politizada. Mas, só aceitava música na língua de Margaret Thatcher. Claro que havia excessões. Quanta discriminação ao idioma do indianista Gonçalves Dias.

Ainda bem que as coisas mudaram, ou pelo menos, o Brasil mudou. Agora você pode fazer sucesso com uma música de nome "eguinha pocotó". Volta Mark Davis, volta.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Florianópolis já tem pena de morte

E aí, beleza?

Direto e reto:
- Você sabia que tem pena de morte em Florianópolis?
- Tá brincando?
- Não; é verdade.
- Mas, no Brasil não há esse tipo de pena!
- Você está querendo dizer que Floripa não é Brasil?

Meu caro, não vou dizer, minha cara, porque pode soar mal. A toda poderosa Polícia Militar de Florianópolis, em ação conjunta com a Guarda Municipal, estava fazendo blitz quando, de repente, um motoqueiro não quis parar. Chumbo nele.

- Assim sem mais nem menos?
- Assim sem mais nem menos. Não parou na blitz, tem que morrer.

Vejam só: enquanto os países mais civilizados do mundo, e os não civilizados também - falei assim mas acho de um mal gosto tremendo esse lance de chamar um país de civilizado - debatem sobre pena de morte, a PM de Santa Catarina parece já ter tomado sua decisão. Sem consulta popular, sem ouvir os entendidos no assunto, até porque meu cachorro não foi ouvido. Não; eu não estou de palhaçada. Sou eu quem decide se alguém deve ou não morrer? Sou eu quem puxa o gatilho sem saber se o motoqueiro é ou não é um bandido?

Fica mais do que notório que a magnosférica e santíssima Polícia militar aplica a pena de morte. Engraçado que no caso "Moeda Verde" ninguém morreu. Estão todos viverrérrimos. Acho que os tais artistas merecem o neologismo. Mas o motoqueiro, que não tem um pão pra dar a um doido, esse é executado corvademente. Sem direito a defesa. Se a família achar ruim, busque os direitos. Nesse caso, não haverá um ex-ministro da justiça para defender o coitado.

E o pobre volte ao pó, como era. E o rico permaneça vivo, viverrérrimo

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O único homem do presidente

E aí, beleza?
Estava lembrando do dia em que Barack Obama disse que Lula era "o cara".  Tá lembrando? Na época fiz um cordel, agora resolvi postar. Bon appétit


O fato aconteceu em Londres, no encontro do G-20
Onde os donos do mundo debatiam o dia seguinte.
O momento era de crise, a pindaíba era geral
Foi quando “Yes we can” veio com essa, uma sacada genial.

Apertou a mão de Lula e com um sorriso gentil
Falou olhando nos olhos do presidente do Brasil:
- Lula, você é o cara, de nós é o mais popular,
Te adoro, boa pinta. Isso, sim, é elogiar.

O barbudinho sem graça, não sabia o que dizer
Chamou logo o tradutor pra lhe fazer entender:
- Sérgio Ferreira, meu filho, me dê aqui um bizu,
Esse Obama tá dizendo: Lula, I Love you!

O yanke foi esperto, mais surpresa ainda tinha
Deu o lugar para Lula, na foto, ao lado da rainha.
No tempo das vacas gordas, pensava: a fartura é minha.
Hoje, a conta pra pagar quer dividir com Lulinha.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Profissão nota 10

E aí, beleza?

          Olha, tem uma coisa que eu não consigo entender: como identificar o grau de credibilidade de uma classe profissional. Já percebeu as listas que aparecem, de tempos em tempos, nas revistas, jornais e televisões? É um alarde geral. O profissional mais desacreditado do Brasil é o blábláblá; o mais sério é o blébléblé.

          Conversei com muitos amigos meus, com amigas também, perguntando a opinião deles sobre o que consideram ser o profissional mais sério, honesto e ético do país sede da copa de 2014. Juro que fiquei frustrado. Acho que terei que fazer terapia nos próximos três minutos da minha vida. Três minutos, sim, afinal de contas não foi uma frustraçãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao.


          -E os médicos?
          -Tá louco? Os caras cobram até pra dar bom dia. Me disse um.
          -E os advogado? Brincadeira, só pensam em dinheiro; se o bandido paga eles defendem. reclamou outro.
          -E os... Desisto.

          Calma, calma, não priemos cânicos. Existe uma luz no fim do túnel, e não é um trem. Descobri a profissião mais ilibada, imaculada e pura das terras tupiniquins. Quem, quando, onde? O árbitro de futebol; após uma partida do campeonato brasileiro; nos debates esportivos.

          Vou explicar: durante o jogo o sem vergonha do apitador soprou o instrumento de trabalho, claramente, em prol de uma equipe. A coisa foi vergonhosa. Só via falta para um lado. Uma  obscenidade total com o outro time, com a torcida e com meu cachorro que estava em frente a televisão. Mentira, eu não tenho cachorro. Mas já tive e exijo respeito com a memória do canino.

          - E aí, meu chapa, você não disse que o árbitro é o profissional por excelência? Não estás te contradizendo?
          - Pois é aí que entra o contraponto! Falei bonito, hem?

          Amigão, quando eu fui assistir ao Troca de Passes, programa do Sportv, todos denunciaram o "erro" do cidadão, mas não questionaram a atitude do magistrado. Ôpa, desculpe o magistrado. Disseram que um árbitro não ia entrar em campo pra prejudicar ninguém, que foi um vacilo. Fiquei indignado, mudei para a ESPN. A conversa era a mesma: "jamais um árbitro vai entrar em campo determinado a prejudicar um clube".

          Aí eu percebí um clarão sobre minha cabeça. O que era? Uma descoberta fantástica! Eu tinha encontrado o profissional com maior credibilidade do país. Por mais que os sinais de safadeza fossem gritantes, nenhum jornalista ousou desconfiar do sacripanta. Por mais que a gente saiba das falcatruas que existem nos bastidores do futebol, a honestidade do árbitro não foi questionada.

          Os homens do apito não são postos em dúvida, não dão entrevistas para elucidar seus sibilos, muitas vezes indecifráveis. E a imprensa, em geral, entende que o que acontece são meros "desacertos". Eu acho que vou enviar uma correspondência para o vaticano dizendo: o próximo Papa precisa ter sido, em algum momento da vida, árbitro de futebol.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Chuvas X Código Ambiental



          E aí, beleza?

Raciocine comigo: Santa Catarina criou um código ambiental próprio, isso foi em abril desse ano. Eu sei, a maioria nem lembra mais disso. Acontece que o novo código atropelou a legislação federal.

          - Como assim, atropelou?
          - É que o código catarinense reduziu a mata ciliar de 30 para 5 metros.
          - E o que é essa tal de mata ciliar?  É a mata que cresce às margens dos rios, riachos e nascentes. É chamada de ciliar porque funciona como os nossos cílios protejendo os olhos.  Essa mata proteje o bem mais valioso do planeta: a água. Sem a mata as águas da chuva correm diretas para o leito do rio, provocando inundações.

          À epoca o bafafá foi geral. Ecologistas bufaram, agricultores brindaram, e o povo, sempre o povo, ficou assistindo a tudo passivamente. Calma aí. Devagar com o andor.

          - Santa catarina não voltou a sofrer com as fortes chuvas ?
          - Por isso convidei para raciocinar!
          - Entendí, agora o Governo Estadual fica pedindo grana ao Federal...

          Façamos um exercício de memoria: lembra quando as televisoes mostravam o governador Luiz Henrique da Silveira sobrevoando as áreas atingidas pelas enchentes? Como ele dizia, em tom apocaliptico: “os morros estão derretendo, os morros estão derretendo"!

          - Já esqueceu senhor governador?
          - E os senhores deputados? 

          Que coisa linda, os governantes catarinenses, pelo jeito, não tiveram nenhum prejuízo com as enchentes do final do ano passado. Cá pra nós, acho que sairam no lucro. Esses transtornos acabam se convertendo em rios de verbas a serem administradas, quase que sem fiscalização. Eu lembro que o ministro carlos mink ficou uma fera, disse que o código catarinense não pode passar por cima de uma lei federal. O governador achou ruim e comparou Mink a um ministro de regime autoritário. Ora, seu luiz, desde quando manter a lei é autoritarismo? Ou, por acaso, podemos fazer uma rave na Casa d’agronômica?!

          E não adienta dizer que esse novo código vai beneficiar o pequeno proprietário. Não; desde quando os políticos legislam a favor dos menos favorecidos? Não são 5 nem 50 metros de terra, que manterá o homem no campo. Somente uma política agrícola séria pode resolver essa questão. Mas, se não tem jeito, proponho que o governo compre barcos para a populaçao. Em cada casa um barco. Assim niguem será pego de surpresa quando as águas subirem. Já pensaram nas manchetes dos jornais: "governo de santa catarina aproveita inundação e promove a regata dos desabrigados".

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O lado sujo do futebol


          Acabei de ler o email enviado por um amigo. O título me atiçou o nariz: "O lado sujo do futebol". Com o olfato fervilhando resolví abrir o maledeto. Juro que imaginava o conteúdo da mensagem. Dito e feito. Eram cenas de jogadores covardes dando pontapés nos adversários - ou, inimigos, como muitos jornalistas esportivos preferem chamar- que tentavam uma jogadinha mais ou menos.

          - Isso é muito feio!
          - Desculpe, mamãe, prometo que não faço mais.
          - Então, está bem; mas vai ficar uma semana sem assistir Bob Esponja.

          Gente, esse lance de chamar a truculência no futebol de Lado sujo, é coisa pra criança com menos de sete anos de idade. Pancadaria é coisa para bandido, gente mal-educada,  péssimo profissional e cogêneris.

          Sujo, no futebol, é o que acontece fora dos campos, nos escritórios dos donos do esporte. As trapaças que levam um time ao título e que empurram outro para a lama. Nojento é a compra de árbitros evidenciadas pelo comportamento desonesto na hora de soprar o apito. Pútrido é o comportamento dos dirigentes que amealham para si quantias vultosas, enquanto a torcida sofre vendo o clube do coração agonizando em dívidas.

          Sujo, meus caros, não é uma canela quebrada. Sujo, meus senhores é uma ética esfacelada por tramoias maiores que o Maracanã. Sujo, minhas amigas, é ver narradores e comentaristas de futebol brigando com as imagens para defender o time que torcem

           Portanto, quando vossa senhoria resolver assistir uma partida do esporte que consagrou Pelé, tenha muito cuidado. A podridão invadirá teu santo lar antes mesmo do primeiro clic no controle remoto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016


          Gente, eu não podia deixar de comentar. O Comitê Olímpico internacional decidiu: Os jogos olímpicos de 2016 serão no Brasil. No Brasil? Sim, no Brasil. Não seria, Rio de Janeiro? Não, Brasil. Essa vitória não é dos cariocas; é de toda nação brasileira. "Nunca antes, na história desse país" se acreditou tanto que isso poderia tornar-se realidade. Quando o Brasil participava de uma disputa desse teor - essa é a quarta vez -, era sempre lembrando a máxima olímpica: o importante é competir. Era uma participação, nada mais.

          Esse resultado mostra, e não falo isso por paixão, que o mundo está mudando. Nós temos reconhecimento global. O gigante acordou. Nossa economia superou a maior crise econômica desde 1929, quase sem arranhões. É claro que ainda temos nossos cancros: sarney, gilmar mendes - os nomes estão com letras minúsculas por faltar letras menores -  agaciel, e outras ziquiziras. Mesmo assim, chegamos lá. Lula desbancou Obama. Claro, os dois estavam lá. Lulinha de um lado, We can do outro: deu o barbudo. Ou você acha que não foi uma vitória política?


quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Estacionar a moto no Centro de Floripa? Tás tolo!


          A noite de sono se encerra com o som de um celular despertando. São 6h30min. O homem de 45 anos acorda e, quase que automaticamente, procura a pia do banheiro para lavar o rosto. É preciso correr para o trabalho, não sem antes acordar o filho de 11 anos que mora com ele. Feito isso, uma caminhada de quinze minutos separa a casa 102 na Rua 25 de março, Costeira do Pirajubaé, onde mora, do local de trabalho de Edemilsom Lázaro Borges, 45 anos. O cruzamento entre as ruas Victor Meirelles e Saldanha Marinho, no centro, é o escritório desse paranaense de Curitiba que mora há vinte e oito anos em Florianópolis. Um café quente no quiosque ao lado e o corre-corre tem início.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A verdade é uma chatice

    Eu ando muito chato. É isso mesmo; muito chato. Tenho sentido uma mórbida tendência de falar a verdade com quem converso. Falando nisso, podemos bater um papo? Prometo que vou tentar não ser sincero. Prometo que vou me esforçar para mentir.

    Não, não estou tirando onda. Você tem visto o quanto nós fingimos no dia-a-dia. Tem visto o quanto precisamos fazer de conta que “tá tudo certo” pra melhor passar? Agora, convenhamos, tente falar a verdade quando for questionado sobre os mais banais assuntos. Tente ser sincero nas mais simples colocações. Mesmo educadamente, tente fazer a verdade prevalecer.

    - O que, você já fez essa experiência? Foi tido como um babaca e passou a ser evitado até pelos parentes? É, meu caro, que situação!
    - Espere um pouco; eu sou uma pessoa ética, moralista, honesta, educada e uma série de outras coisas boas, portanto, não concordo com o que você está dizendo. Eu falo a verdade sim!
 
    Calma. De repente eu até tenho um pouco das tuas virtudes. Mas, te pergunto: alguma vez você chegou ao estacionamento e viu alguém estacionando em vaga reservada para idoso ou deficiente físico sem que fosse nem uma coisa nem outra? Você foi lá e disse para ele que isso não é certo? O que, você não quis se meter na vida alheia? Pois então? Você é do tipo que, ao ver os carros em fila, passa por todos e entra lá na frente como se nada tivesse acontecido e ainda fica chateado se um motorista “estressado” reclama? Sei; você não tem carro. Mas quando o ônibus pára você entra, espertamente, primeiro que todos sem se importar com quem chegou primeiro?

    Eu gostaria muito que você lesse meu próximo post, por isso, como te falei, não vou dizer a verdade. Pelo contrário. Parabéns pra você. Afinal de contas, a verdade é uma chatice.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os fumantes que me desculpem, mas limpeza é fundamental


          Sabe aquela manhã de domingo nublada, em que a cama nos tenta com agrados preguiçosos? Pois é ,meu domingo começou assim. Porém, após luta intensa contra o ócio resolvi dar uma caminhada pela Avenida Beira-Mar aqui em Florianópolis. Sim, nada mais saudável que uma caminhada. Ar puro, na medida do possível, exercício físico, casais namorando, crianças a brincar e coisas do gênero. Claro, uma maravilha. Contudo, vamos aos fatos:

          Abro a porta do apartamento e um cheiro péssimo adentra minhas narinas. Era o rastro de um fumante que, coitado, com o pulmão hipotecado agora perdeu também a lucidez e sai por tudo quanto é canto erguendo a bandeira da sujidade. Prendi a respiração até o elevador chegar e escapei do tentáculo pútrido do tabaco.Ufa, estou na rua.

          Esqueçamos o contratempo. Exercito-me ao som das ondas e, agora cansado, resolvo sentar num banco para observar o mar. Aos meus pés vejo milhares de restos de cigarros. Minto, centenas. Aí eu perco a esportiva. Quem foi o porcalhão que fez isso? Não tem educação não? Acha que a rua é a latrina da sua casa? É, esbravejei. Quanta sujeira! E fui olhando de banco em banco, constatando que, fumar pode até ser prazeroso, mas exige uma forte dose de falta de higiene.
       
          Se você é fumante e não concorda com este post, me ajude a mudar de opinião. Chame o maior número de nicotineiros que conhece e façam um mutirão pela cidade catando tudo que é guimba de cigarro, afinal foram vocês que sujaram. Depois me envie um email; não, milhares de amails provando que eu estou errado. Caso contrário...Agora eu fiquei encucado, será que o meu vizinho sentou num daqueles bancos?

Quer juntar comigo?

          Como assim, quer juntar comigo? Você quis dizer jantar? Não, não. É juntar mesmo. Sabe aquela coisa de morar junto? Entendeu agora não é? E então, tem escutado muito essa frase nas novelas? E nos filmes? Não? E acha normal? Pois então estão todos por fora. Por fora sim. Num mundo onde cada vez mais os casais se juntam essa frase já deveria fazer parte dos roteiros de Holyood.

          Já perceberam como somos hipócritas? Grande parte dos filmes de romance que assistimos termina com a famosa pergunta: quer casar comigo? Porque eu nunca vi terminar com: quer juntar comigo? Confesso que fico sem me entender, sem entender os outros, sem entender nada. O mundo está in, os paradigmas estão sendo quebrados e os excluídos estão conquistando espaço. Mais ou menos, não é?

          Poxa vida, se você é “descolado” precisa mostrar com suas ações, não apenas com a retórica. Afinal de contas, de conversa mole morreu um jegue, como se diz no Nordeste. Pense um pouco, se você é moderno faça valer o rótulo. E aproveite para mudar a conversa. Ou então vou achar que você não sabe o que é convivção. Da próxima vez que se apaixonar, não se esqueça de perguntar: quer juntar comigo?

O que você quer ser, quando seu filho crescer?

          Preste atenção e me acompanhe. Se você parar a leitura por aqui vai sair perdendo, principalmente se tem, ou pretende ter filhos. Você tem ido à delegacia com freqüência saber como estão tratando os presos? Você tem usado algum medicamento antidepressivo ultimamente? Tem se achado um babacão, que vive administrando a vida de pessoas adultas? Não?

         Então eu te pergunto: Você tem filho pequeno? Ainda não entendeu, meu caro? Se você tem filho pequeno, comece a cuidar melhor dele. Com quem ele anda, o que assiste na televisão, o que vê na internet... Sim porque o teu futuro depende dele. Tua velhice está nas mãos dele. E eu te digo uma coisa: do jeito que a coisa anda, com a criação que as crianças estão recebendo e com o modelo de educação vigente, tem tudo pra esse país virar um cabaré. O que, já virou? Então, tem tudo pra piorar.

          Você já se imaginou numa delegacia indo buscar teu filho, que está preso e todo arrebentado de tanta bordoada que tomou da polícia? Não? Então, lute pela legalização da maconha. Lute pela legalização do aborto. Lute pela legalização da violência. Lute pela legalização de tudo que é tipo de bandidagem. Sim. Mande uma mensagem para todos os teus amigos dizendo: viva a anarquia, eu quero a perpetuação da sacanagem! Claro, uma vez que você não educa seu pimpolho ele corre sérios riscos de se tornar um marginal, se já não se tornou, e você, coitado, vai ficar louco tentando administrar a vida dele.

          Já pensou, trabalhar uma vida inteira e depois de se aposentar ficar cuidando de um marmanjo? E ainda por cima levando esporro do cafajeste? E ficar dando dinheiro pra ele comprar droga? Peguei pesado? O que você quer ser, quando teu filho crescer? Você quem sabe. Ficou chateado comigo? Então me escreve.

Merda! Pisei!




          Quem nunca pisou que atire a primeira merda, quero dizer, pedra. Não é fácil encontrar alguém que nunca pisou em cocô de cachorro, principalmente se o tal alguém costuma caminhar pelas ruas do Centro de Florianópolis, próximas à Beira-Mar Norte. Já tem até rua sendo, malvadamente, chamada de: “A Rua do Cocô”. Não, não é gracinha, não. A tal rua é a Duarte Schutel, localizada em uma área de classe média da capital catarinense.